FOGÃO BICAMPEÃO

Meu domingo, ou “Domingão”, ouvido umas trinta vezes, começou com nova vitória de Hamilton, na Fórmula 1, sobrando na turma, há muito tempo. Novo show de transmissão, sem erros ou clichês sem graça, de Sergio Mauricio, o locutor esportivo do ano. Antes da última volta mudei para ver outra vitória do Real, 4×1 no Granada. Vinicius Junior arrebentando, como poucas vezes vi, em termos de recuperação, quase imarcável, precisando, ainda algumas lapidadas para fazer valer o alto preço que custou. Vitória tranquila liderada por Modric e Kroos, cada dia jogando mais. O melhor da tarde veio de Pelotas, vitória do Botafogo sobre o Brasil, ganhando na bola e no pior gramado das duas divisões. Muito comemorado e merecido bicampeonato de um clube que já foi metade da seleção brasileira, bicampeã mundial, no Chile, l962. Detesto clichês, mas o Fogão voltou de onde nunca deveria ter saído. O Fluminense passou bem pelo América MG, com um lance que me chamou a atenção. Fred perdeu uma bola no ataque, Caio Paulista caiu (eles usam isso para impedir contra-ataques), Fred esbravejou, pedindo que o adversário jogasse a bola pra fora, correu atrás, a bola foi recuperada e sobrou para o 9 do Flu. O que ele fez, seguiu jogando, Herber Lopes parou o lance. É assim que eles fazem. Todos, com raríssimas exceções. O Atlético Mineiro venceu os últimos cinco dos 33 jogos que disputou, tem a melhor defesa, segundo melhor ataque e saldo de gols, e somente o Flamengo ainda tem chances de lhe tirar o título. Na teoria, na prática está com as duas mãos na taça, basta levantar, deixar cair os papéis picados sobre o grupo e comemorar o inédito bicampeonato, exatos cinquenta anos depois da primeira volta olímpica, no Maracanã. Resta ao Flamengo cumprir tabela, ganhar do Grêmio, como fez com o Inter, pegar o avião para tentar o tricampeonato da Libertadores, dia 27, em Montevidéu, contra o Palmeiras. A fase é boa, há recuperações importantes, como Arrascaeta, Felipe Luis e Rodrigo Caio e a excelente fase de Michael, comparada com a má fase de Gabigol, reclamando muito e jogando pouco. A Federação Uruguaia de Futebol despediu o técnico Óscar Tabarez, 74 anos, após derrota para a Argentina (1×0) pela Classificatória da copa do mundo, no Catar. Mais de 15 anos dirigindo a Celeste, o veterano treinador, muito debilitado por uma doença não divulgada, deveria ser afastado após uma vitória, sem nenhuma importância que fosse, em respeito ao seu trabalho e dedicação que lhe renderam momentos maravilhosos e derrotas marcantes, como essa última. O futebol, ou melhor, seus dirigentes, não perdoam, não têm coração. Tabarez, demitido com toda a comissão técnica, disputou três copas do mundo e foi campeão da Copa América, em 2011. Dirigiu o time em 182 jogos, com 85 vitórias, 40 empates e 57 derrotas. A Celeste não se renovou, passa por maus momentos e a classificação está complicada, na repescagem. Foram 4 derrotas e 1 empate nos últimos jogos. No meio de tantos feriados, poderiam acabar com 90% deles que não fariam falta, passou batido a comemoração do ÚNICO milésimo gol feito por um ÚNICO jogador, em todos os tempos. Enquanto os americanos pisavam a lua pela segunda vez e o Brasil comemorava o dia da bandeira, eis que Pelé mostrou ao mundo porque é o Rei do Futebol, Atleta do Século e tudo mais que queiram. Vou repetir, ÚNICO e fazer 1000 gols, o resto é falso, Fake News, mentira. Comentário de ex-jogador, hoje com microfone: “Joãozinho alargou o campo”. Impossível, jogador, as medidas máximas são 90m x 120m, determinadas pela International Board, que existe desde 1883.

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