FAIR PLAY NÃO É PARA BRASILEIRO

Com certeza estou falando de jogador de futebol.  Há muito tempo esse tema é discutido por aqui, sempre que algum fato novo acontece, na Europa principalmente. Houve um caso, na Holanda, de um jogador que ao devolver a bola para o adversário, recuando para o goleiro,  acabou marcando um gol, sem querer. Sua equipe esperou a saída de bola e todos os jogadores ficaram parados, permitindo ao adversário marcar o gol, deixando tudo como estava no placar. Não queremos tanto. Até porque o fair play não existe na regra do jogo.

De tanto ouvir falar, e jogador é assim, passaram a copiar, mas à moda brasileira. Se um time estiver atacando e chutar a bola pela lateral, para atendimento a um jogador adversário, essa devolução será feita lá atrás, para o goleiro, quando a bola deveria ser posta para fora no mesmo lugar de antes. Virou Brasil. Uma coisa grosseira, descabida, vergonhosa. Deveria ser proibido em nossos campos, tamanho a desfaçatez desses pseudo-craques.

O lance ocorrido no jogo Flamengo e Palmeiras, pela décima rodada do campeonato brasileiro deveria ser a gota d’água nessa prática absurda usada em nossos gramados. Pior que isso é ouvir comentários pobres, infelizes, sem nenhuma sustentação, como acontece toda vez que há um fato novo. O menos culpado de tudo foi o jogador Kleber, que pagou a conta por estar costumeiramente envolvido em confusões dentro do gramado.

Como acertou o árbitro gaucho  Pedro Vuaden. O lance foi interrompido para atendimento a um jogador do Flamengo e a continuação da partida teria que ser feita através de uma “bola ao chão”, como determina a regra. Não há necessidade de dois ou mais jogadores. Basta que o time que estava em poder da bola retomar as ações e continuar normalmente o jogo, assim que a bola tocasse o gramado, como diz a regra.

Simples, se os jogadores do Flamengo conhecessem a regra. Bastava retomar a posse de bola e estaria tudo resolvido. O Kleber alertou para esse detalhe. Falou duas vezes. Ninguém se manifestou e ele saiu jogando,  tomou a iniciativa, o que deveria ter sido feito pelos jogadores cariocas. Um absurdo de desconhecimento, ignorância total das leis que regem a profissão.  É bom dizer que não é apenas jogador do Flamengo que não lê o livrinho de regras. Nenhum lê. Ou quase isso.

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