Vendo esse show de equilíbrio, domínio, postura, alegância, alguém pode imaginar como é possível “quebrar” uma bola ?
Se eu soubesse não estaria escrevendo esse comentário, exatamente para pôr em questão algumas pendências que considero devam ser discutidas. Posso garantir, todavia, que há muita coisa a fazer, antes, durante e depois da copa do mundo. Pelo menos “essa é minha opinião”. Podemos começar aqui. Se o cara faz um comentário, observação, crítica ou elogio não pode ser a minha ou a sua, caro leitor, opinião, concorda ? Nem do patrão. É a dele e ponto final. Como se não bastasse as futilidades do cotidiano jornalístico esportivo, esse segmento caminha para um abismo sem precedentes, de onde não deverá escapar muita gente, pouquíssimas, aliás. A mídia politicamente correta, que chamo “imprensa rolha”, onde todos seguem o mesmo rumo ao som das ondas, um dia se dará conta do mal prestado ao futebol brasileiro. As transmissões pela TV estão insuportáveis (há muito tempo), com raríssimas exceções, chatas ao limite, forçando o espectador a tirar o som. A seleção brasileira, ou “família Tite” chega ao mundial com a credibilidade poucas vezes registradas ao deixar o País. Parece não haver um resgate a fazer, há sim, embora a conta não seja do atual treinador. A discussão, entre os “comentaristas”, é de que forma o time canarinho vai jogar, porque ninguém chega a uma conclusão. Penso até que deveriam contratar matemáticos para solucionar (e aí cabe bem a qualificação profissional) esse problema. Os números (que sucederam as letras, lá nos anos 1930/1940) continuam confundindo mais que ajudando o pessoal da latinha. Números, disse um sábio anônimo, são para ônibus, o que Neném Prancha assinaria embaixo. Sistemas não são fixos – absolutamente nenhum – podem ser vistos apenas antes do início do jogo. A maior aberração, todavia, é o tal 4-1-4-1, que já foi atribuído até ao Real Madrid, o maior ganhador de títulos do século. E nunca jogou assim, nem na saída de jogo. Zidane sempre escalou 4 zagueiros (normalmente Carvajal, Varane, Ramos e Marcelo), três meio-campistas (Casemiro, Kroos e Modric) e três atacantes, o conhecido BBC (Bale, Benzema e Cristiano). É o padrão Real de jogar. Quando ataca, Marcelo sobe, Ramos dá cobertura a Casemiro no primeiro combate, sobram Carvajal e Varane, continua com 4 defendendo, Bale recua, Kros e Modric fazem a segunda linha, Cristiano fica na sobre e Benzema “prende” 2 zagueiros, enquanto Marcelo passeia pela intermediário. Quando mudou o sistema – raras vezes – usou duas linhas de 4 (Lucas Vázquez, Varane, Ramos e Marcelo) e Kovacic, Modric, Kroos e Asensio, na segunda, Benzema e Cristiano mais adiante. Havia vencido o Bayern, em Munique (2×1) e classificiou com empate no Bernabéu, dia 1o de maio. Impossivel ter o tal “1 “ que inventaram, somando os adversários, cerca de 15 a 18 jogadores da intermediária até a baliza de Navas. Aceito convite para discutir a existência desse 4-1-4-1 que deve fazer João Saldanha chutar o balde lá por cima. Algum “gênio” inventou, ninguém discute e essa baboseira com os dias contados, não resiste a uma discussão séria, pode apostar nisso. Basta de “jogador vertical”(deve cair do céu pois vertical é perpendicular a horizontal), “campo rápido” (homenagem a Usain Bolt, quem sabe ), “marcação alta” (possivelmente na arquibancada), “jogador de lado” (deve ser o craque caranguejo) e outras pérolas presentes em todas as transmissões. A penúltima foi o “jogador híbrido”, que desapareceu em apenas um jogo, felizmente. A mais resplandecente (não achei palavra melhor) todavia, estava por vir, antes da copa, para fechar de vez o caixão: “QUEBRAR A BOLA”, isso mesmo, o apogeu da imbecilidade. Estão quebrando a bola. A necessidade de “inventar”, aparecer, tem confundindo muita gente, porém chegou ao limite. Precisamos convidar os caminhoneiros e providenciar uma passeata nacional contra os assassinos do idioma.