NEM A COPA PODE APAGAR

Uma pena que essa copa do mundo vai interromper um dos melhores inícios de campeonato brasileiro que lembro ter visto.  Até mesmo pela surpreendente liderança do Flamengo, que seria cotada a 1 por 100 até nas bolsas de Londres. Um grande azarão, comandado por um jovem treinador, totalmente desconhecido, evidentemente competente já que sabemos, mágico não é. Deu sorte, claro, com a volta de Diego Alves – conheço bem por sua passagem no Valencia, sempre com destaque – depois do fracasso total de Muralha, massacrado pela imprensa e torcedores.  A defesa foi totalmente modificada e hoje se completa com o rodado, porém limitado, Rodinei, dois meninos da base, via Copinha, e a surpreendente subida de Renê, provavelmente o melhor lateral esquerdo até esta rodada. A reboque, Diego melhorou, porém ainda está devendo muito, o mesmo de Everton Ribeiro, parece com medo de bola dividida, Cuéllar excelente, se adaptando melhor a cada partida, e Vinicius Junior parecendo ter incorporado a camisa do Real Madrid como segunda pele. Falta muito para jogar no maior time do mundo, mas isso só o tempo dirá. Ou Mauricio Barbieri é um cara de sorte ou gênio, vamos aguardar. Fazer o Flamengo jogar com 10 até a metade do segundo tempo e disparar seis pontos do segundo colocado não há registro na história do clube.  Superstição ou magia, quando ele põe Vizeu o garoto faz três gols em três jogos seguidos. Sorte ou competência ?  Estendi um pouco sobra o líder por ser o time que mais vi jogar, e está dando gosto assistir essa transformação, mas minha preferência está no tradicional rival das Laranjeiras. Impressiona o futebol do atacante Pedro, menino ainda, muita grama a pisar mas me encanta sua forma de jogar. Talento puro, muita técnica, visão de jogo absurda, posicionamento, impulsão, chutes e cabeceios de quem tem futuro jogando bola. Para o meu gosto a melhor revelação de atacantes do futebol brasileiro dos últimos sei lá quantos anos. Aposto todas as minhas fichas como será titular da seleção muito cedo. Roger Guedes, do Atlético (também já vendido), vi jogar duas vezes e não precisava mais. Pinta de craque, jeito de craque, gols de craque. Vai pra fora e volta para vestir camisa amarela, como 20 convocados que estão na Rússia, fazer o que ? Arrisquei e vou pagar por isso. Nunca dê nomes, um injustiça será cometida, com certeza. Porém,  quero destacar um jogador espetacular, a não ser o nome. O cara é mágico, soberbo, nada num pantanal cheio de crocodilos e sai para o abraço dos companheiros e aplausos da plateia. Se tivesse aparecido com outro nome, Picachu estaria sendo olhado diferente pela plateia. É somente um detalhe, que não vai apagar as grandes jogadas, o impressionante condicionamento físico e os gols que vem marcando para o Vasco. Um dos destaques desse surpreendente campeonato brasileiro. Há outros, eu sei, mas, como Barbieri, não sou mágico para ver todos. Foto: Lucas Marçon

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