GERSON CANHOTINHA DE PRATA

O Flamengo  ganhou o campeonato brasileiro mais fácil da história. Cheguei a pensar que não venceria, quando houve uma queda de produção, em meados do segundo turno. Fiz um artigo sobre isso, afirmando que se o time mantivesse a pegada que estava, um sono só, adeus octacampeonato. Que, aliás, só a SporTV acha que é apenas um bicampeonato. Coisas das “organizações” pensando que ainda modifica a opinião pública. Não foi uma vitória contundente, como em 2019, mas deu para o gasto. O pior brasileiro desde 1971, quando foi criado. Diego, o goleiro, às voltas com as contusões, nunca entrou em forma. Hugo, seu substituto, assombrou, de início, mas acabou fazendo uma campanha razoável. Muito novo, tem muito que aprender com seu treinador, um dos melhores de todos os tempos, que não tem mídia, até hoje. Precisa, de imediato, aprender a fazer barreira. Os dois laterais ficaram devendo. É bom que volte o Rafinha. A zaga, sem Rodrigo Caio entra água, afunda. Eu apostaria nos meninos ou deixaria Arão, que foi muito bem. Diego ganhou posição no meio, mesmo não sendo o que começou no Santos, longe disso, mas evoluiu. Foi importante nos jogos finais mas ainda sente falta de condicionamento de jogo. Corre muito e cansa. Um bom preparador físico conserta isso. Arrascaeta, Bruno Henrique e Gabriel no mesmo nível. Muito erro de passe, principalmente o uruguaio, que acerta todos os passes de dois metros e erra todos de cinco metros. BH parece ter recebido uma grande proposta da Europa e melaram. Um sono só, displicente, mas fez gols importantes. Melhorou nos últimos três jogos. Gabigol caindo e reclamando muito dos árbitros, preocupado com fatores extracampo. Nenhum dos três chegou perto do nível jogado em 2019. Embora jogadores de opção, alguém precisa dizer que Vitinho não dá mais, não é jogador para o Flamengo, como o veloz Michael, revelação brasileira em 2019,  precisa ser emprestado. A camisa pesa muito prá ele. Talvez evolua, jogando com menos pressão. Fecho com Pedro, baita jogador, me faz lembrar Toninho Guerreiro (São Paulo, Santos e Seleção). Muito técnico, pouco usado. No meu time é titular. Não aceito escalar um reserva para jogar menos de 30 minutos. Mesmo assim (chegou a entrar aos 41 minutos) fez gols importantes. Concluindo, a cereja do bolo tem nome e número de craque. Gerson, número 8. Monstro. Disparado o melhor do time e do campeonato. Não o vi jogar mal um tempo sequer. Joga clássico e pelada, dependendo do jogo. É o cara a ser marcado, como no último jogo contra o São Paulo. Ao contrário de 95% (a conta é minha) dos jogados brasileiros, joga com os pés e a cabeça, só visto nos grandes craques. Salvou a temporada.

Foto: TNT Esports

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