Selecionado
Transferido em 1962 para o Valencia, da Espanha, está no Rio desde terça-feira (14-09), trazido pelo jornalista tricolor Walterson Botelho, que produziu – como hobby – documentários sobre os jogadores Escurinho, Paulo Victor e Carlos Alberto Pintinho, que também mora em na Espanha, onde encerrou a carreira depois de brilhantes temporadas pelo Sevilha, além de Waldo, a quem visita quase todo ano na terra dos campeões do mundo.
– Sou tricolor, viajo com o clube quando quero e para onde quero. Minha ocupação é aproveitar a vida e curtir o meu tricolor e os amigos que fiz no futebol. Faço esses DVD’s e dou de presente aos jogadores, numa forma de retribuir os momentos de alegria que eles me proporcionaram. Não há a preocupação de lucro, são brindes para esses profissionais dedicados que ajudaram a construir a história do meu clube.
Com as obras do Maracanã, a Calçada da Fama será interditada por um tempo, mas voltará com o novo estádio. Ali estão firmadas as marcas dos pés de Pelé, Gerson, Zico, Zizinho, Jairzinho, Beckenbauer, Eusébio, Figueroa, Rivelino, entre tantos outros monstros sagrados do futebol brasileiro e mundial. Waldo deixará as marcas do pés (a placa já esta no estádio) numa fôrma de gesso, no sábado, em cerimônia na sede do clube, nas Laranjeiras.
Waldo Machado do Silva nasceu no dia 9 de setembro de 1934 e começou jogando no Madureira, onde bastaram 22 gols marcados para chamar a atenção do Fluminense, que o levou em 1954. Até 1961 foram muitos gols e vários títulos, passagem pela seleção brasileira e o reconhecimento da torcida tricolor e brasileira. Waldo marcou sua trajetória com muitos gols, que o levaram à Europa, onde vive uma vida tranqüila com a família, até hoje.
No Fluminense Waldo conquistou o campeonato carioca de 1959, em 1960 foi campeão da Zona Sul da Taça Brasil e conquistou dois títulos do Torneio Rio – São Paulo em 1957 e 1960, sendo até hoje o maior artilheiro da história deste clube, com 314 gols em 403 jogos. De estilo rápido e rompedor, não se incomodava em fazer gol feio, mas em fazê-lo. Com a camisa tricolor foi artilheiro do Campeonato Carioca em 1956 e do Torneio Rio – São Paulo em 1957 e 1960.
Na época em que comandou o ataque, usando a camisa 9, o Fluminense teve o ataque mais positivo dos Torneios Rio – São Paulo em 1954, 1955, 1957 e 1960, assim como na Taça Brasil de 1960.
Em 1962, Waldo transferiu-se para o Valencia CF sendo até 2006, o segundo maior artilheiro da história do clube espanhol, com 160 gols em 296 partidas oficiais. Na temporada 1966/1967 foi o artilheiro da Liga Espanhola e até 2006 era o brasileiro com maior número de gols nessa Liga, só sendo superado recentemente por Ronaldo Fenômeno. No Valência, Waldo foi campeão da Copa UEFA em 1962 e 1963 (artilheiro desta competição em 1962), além de campeão da Copa do Rei em 1967.
Após terminar sua carreira , Waldo radicou-se na cidade de Valência. Antes de emigrar para a Espanha, Waldo fez ainda dois gols pela Seleção Brasileira (tendo sido campeão da Taça Atlântico em 1960) e seis pela Seleção Carioca, somando pelo menos 504 gols (faltam nesta conta eventuais gols que teria feito em jogos não oficiais pelo Valência e gols que tenha feito pelo Hércules, da cidade de Alicante) em sua vitoriosa carreira no Brasil e no exterior.