Não discuto futebol, trato esse esporte como profissão, há mais de quarenta anos. Como torcedor, faço as mesmas coisas que fazia quando moleque, guardadas as proporções, evidentemente. Tenho acompanhado os jogos do Real Madrid nas últimas dez temporadas, faço súmulas, grito, chuto o balde (no caso um banquinho), gosto de ver os jogos sozinho e já quebrei duas pranchetas. Fazia gosto acompanhar os jogos pela ESPN Brasil, com Mauricio Bonato e Clio Levi, que davam banho em transmissões da Liga. Foram trocados, lamentavelmente, pelo padrão “politicamente correto”, uma epidemia comparada à lepra nos tempos de Ben-hur. Time reserva ou misto passou a se chamar “alternativo” e por aí vai. Pior que tudo é ouvir o total desconhecimento do maior clube do mundo e o nacionalismo idiota em torno de Marcelo e Casimiro. Contra o América do México, que o ex-jogador chamava de Atlético Mineiro, foi dito que Danilo é melhor que Carvajal. Outro chegou a dizer que Casimiro é a base de sustentação do time de Zidane e, pasmem, do time de Tite. E que o “Avenida Marcelo” é o maior lateral do mundo. Um outro “ex” repete isso todo jogo. Mais de 80% dos gols sofridos pelo Real são feitos pelo lado esquerdo de defesa, do pior marcador que o time teve em 114 anos. Marcelo não é mau jogador, ao contrário, é um craque diferenciado, altamente técnico, só não sabe marcar, não tem velocidade, vai e fica. Não discuto futebol, repito, falo porque vi 57 dos 59 jogos da temporada passada (2 amistosos da pré-temporada não foram transmitidos) e 28 dos 29 disputados nesta temporada (2016-2017), um, da Copa do Rei, não foi transmitido (contra o Cultural Leonesa). Pessoal, as transmissões já são chatas, quadradas, com esse nacionalismo idiota fica insuportável. Mais ainda quando omitem os erros, que não são poucos (Casimiro deu um gol contra o Deportivo que virou o placar), dos “brasileiros”. E os e-mails elogiando os caras, parece coisa de mentirinha, mas deixa pra lá.