Terminei
na Espanha e, no início da temporada, mostra de cara se vai disputar o titulo ou ser mero coadjuvante, Estevam Soares construiu o atual time do Botafogo. Ele indicou Herrera, aprovou a vinda do Loco Abreu e passou noites sem dormir quando venderam sua zaga titular e os potentes chutes do Juninho, que deram muitas vitórias ao seu time. Caio, o talismã, que veio do Volta Redonda, foi aprovado pelo técnico. Somália e Renata Cajá foram indicados por ele. Mas logo na terceira rodada do estadual, após duas vitórias, o F1 de General Severiano quebrou. Chegou em vigésimo sexto, se é que há posição no grid que denigra tanto máquinas e pilotos quanto um 6×0 em casa. Naquela noite infernal de Dodô, no Engenhão, sem inspiração de todo o time e complicada pela infantil expulsão, logo aos 8 minutos, do lateral Gabriel, tiraram-lhe o comando do bólido. Mais: a possibilidade de mexer num aerofólio, diminuir asas para corrigir o rumo de um veículo que, mais tarde, se mostrou competitivo. Porque seu substituto, Joel Santana, não mexeu em uma só peça que ele montou. As contratações que indicou, Sandro Silva e Danny Morais, nada acrescentaram. Teve, claro, o mérito de potencializá-las, mas eram, rigorosamente, as mesmas engrenagens montadas durante a pré-temporada. Para mim, soa como se ao render homenagens a Brasília esquecessem Lúcio Costa e comemorassem seu cinqüentenário sem render justas homenagens àquele que traçou seu Planalto Central. Mas o futebol tem disso: regido pela emoção, a cada herói que ergue e elege após um título, também é capaz de jogar no ostracismo os principais e verdadeiros responsáveis por cada conquista.
José Roberto Lopes Padilha
FELIX, TONINHO, SILVEIRA, EDINHO, ZÉ MARIO E MARCO ANTONIO
GIL, KLEBER, MANFRINI, RIVELINO E ZÉ ROBERTO
José Roberto Lopes Padilha (Zé Roberto), nasceu em Três Rios, no Sul Fluminense, é estudante de jornalismo da Unicarioca. Ex-atleta profissional de futebol, jogou no Fluminense, Flamengo e Santa Cruz. Técnico de futebol, é Coordenador de Esportes de Três Rios. Escreveu três livros sobre futebol: “Futebol: a dor de uma paixão”, À beira de um gramado de nervos” e do trabalho tático “55 Reversível”, editado pela Secretaria de Cultura do Estado do Rio de Janeiro. Em sua mais recente obra, “Crônicas de Um Jogador”, Zé Roberto apresenta casos do cotidiano, com sua forma simples e inteligente de narrar. Da mesma forma como se entendia com Zico, Rivelino, Leandro e outros grandes jogadores, Zé Roberto mistura as letras e lhes dá forma, desenrola o meio-campo e o resultado é um conjunto de boas jogadas, que resultam num lindo gol.
IATA, sou seu fã e o escuto sempre no bola em jogo da radio tupi, meu amigo eu gostaria de sua opinião sobre o nome de Walter Oaquim para Vice Presidente de futebol do fla, ele eh um nome politicamente forte e agregador de varias correntes politicas no fla, desde jah muito obrigado.