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Fiquei, digamos, como “torcedor”, fazendo que o que você, amigo, faz quando quer saber o que rola no mundo da bola (não tive intenção de fazer trocadilho, juro) por aqui e mais lá fora, onde a qualidade é infinitamente superior, até pela exportação de nossos melhores jogadores. Vamos ver se dá para lembrar, em ordem cronológica o que ouvi de asnices nesses últimos vinte dias, aproximadamente.
Começando pelo bairrismo exacerbado das duas principais mídias esportivas do país, aqui e em São Paulo. Primeiro com a exagerada apologia a Jô e àquele maluquinho do Atlético, pés abdutos (pé de pato), que foi cria do São Paulo e esteve em campo no vexame contra o Raja (não sei como não inventaram o “tragédia não sei de que”), tipo Sarriá, em 1982, com a seleção. Esse moço fez três gols num jogo e pediram vaga na seleção pra ele. Aff. Fiz questão de não pesquisar, tamanha a importância que dou ao seu futebol.
Essa coisa da Portuguesa deu asco, vontade de vomitar, de tanta besteira que se falou. O que diz o regulamento – não entro no mérito – quando um jogador entra em campo sem condição, seja ele de que clube for ? Perdeu os pontos ? Pronto, perdeu, simples assim. Não existe “ah mas foi a Portuguesa”, isso não importa. Juro que fiquei feliz da Lusa ter ficado na primeira divisão, pelo meu amigo Valdomiro, zagueirão que, aliás, fez um bom campeonato e ninguém disse que ele é Mito. Mas isso é outro papo.
Enquanto essa nojeira toma espaço na mídia e alimenta os boçais da informação, Neymar deita a rola na Espanha, deixa a torcida do Barcelona encantada e ponto de dar “férias” ao Messi, o segundo maior jogador da atual temporada européia. O primeiro joga no Real Madrid, é português e será uma das atrações da copa do mundo. Estiquei de propósito, para lembrar a dois segmentos midiáticos, que eles estavam totalmente equivocados. Neymar deveria, sim, ir para a Europa para crescer, amadurecer como craque e homem, e CR7 calou de vez quem duvidava de seu talento, enorme, por sinal.
Fechando, só existiu um time no mundo que ia para uma competição BUSCAR a taça, no caso, medalhas. O Dream Team americano de basquete, que foi á Olimpíada de Barcelona e chegou dizendo. “Tratem de correr atrás da medalha de prata porque viemos aqui para nos divertir e pôr a medalha de ouro no peito”. E fizeram exatamente o que disseram. No mais, principalmente no futebol, não há registro. Nem o Santos de Pelé, nem o Botafogo de Garrincha, tampouco o Real Madrid da década de 1960 ou o Barcelona atual.
Se não se planejar, treinar, estudar e RESPEITAR o adversário, pode tomar de três ou quatro, como aconteceu nas duas últimas idas de times brasileiros ao mundial. Não basta oba-oba nem ganhar campeonato brasileiro, de nível técnico baixíssimo, ou Sul-Americana, outra baba. Há que jogar sério, não basta ser brasileiro para achar que vai ganhar de todo mundo. A seleção está em décimo lugar, os clubes nem aparecem nos rankings, mas ganhamos a Espanha, demos olé na campeã do mundo. Ótimo, continuem assim que terei muito o que comemorar depois de tudo.