Não tenho dois meses de Facebook e já estou aterrorizado com certas tendências. Na verdade tenho identificado muito dos ouvintes de rádio – hoje há o ouvinte de televisão – que se deixam levar por informações de profissionais menos preparados ou mesmo tendenciosos que, infelizmente é maioria. Li uma crítica a Rogerio Ceni, onde o torcedor repetia o que diz essa gente a serviço da desinformação, contra a ética.
Ora, nenhum cidadão em plena sanidade pode discutir Rogério Ceni, goleiro, jogador profissional, modelo de atleta. Mudou alguma coisa nesse rapaz, suponho, pois tenho amigos que trabalharam com ele e me passaram a melhor das informações. Talvez a proximidade da aposentadoria esteja provocando alguma mudança de comportamento, baseado nas informações do técnico Ney Franco. Pode ser, mas acho estranho que somente o Ney tenha reparado isso.
Tenho a melhor das impressões sobre esse treinador, por sua conduta tranquila, serena, equilibrada. Sempre o vi assim e me surpreendeu suas declarações a respeito de Rogerio Ceni por um detalhe. Por que não denunciou quando estava trabalhando no São Paulo, se era contra as posições tomadas pelo goleiro ? Penso que esse tipo de acusação, depois que a pessoa sai do emprego, não pega bem. Principalmente para quem tem o perfil do Ney Franco.
Desde setembro de 1990 jogando pelo São Paulo, Ceni é um dos jogadores que mais atuaram por um único time, recorde de Pelé, que vestiu 1114 a camisa do Santos, além de ser o maior goleiro artilheiro da história do futebol mundial com 112 gols marcados, até o início da temporada de 2013. Jogou 1083 vezes. Também entra na lista dos maiores vencedores de títulos com uma série impressionante de troféus.
Rogério Ceni foi campeão mundial pela seleção brasileira em 2002 e Copa das Confederações em 1997 e mundial de clubes pelo São Paulo em 1993 e 2005. Ganhou a Copa Libertadores em 1993 e 2005, Supercopa da Libertadores em 1993, Recopa Sul-Americana, 1993, Conmebol, 1994, três campeonatos brasileiros, 2006, 2007 e 2008, tricampeão paulista, 1998, 2000, 2005, Torneio Rio-São Paulo, 2001, Copa dos Campeões Mundiais 1995, 1996 e uma dezena de pequenos torneios e títulos individuais.
Ora, dizer que uma pessoa é desagregadora, “entregador”, “X9”, o que o desabone, é muito serio.Tem que ter provas, vir a público e provar. O que me fez escrever essa artigo sobre Rogerio Ceni foi ouvir de um torcedor, na rua, dizendo que o goleiro do São Paulo era “caguete”, fofoqueiro. O que leva uma pessoa a disseminar essas acusações é o processo retrógado de certos veículos de informação, que abomino.
