RESGATE

O torcedor precisa entender e se conformar. Não temos mais o melhor futebol do mundo. Basta fazer uma avaliação dos jogadores convocados por Dunga para o próximo amistoso da seleção brasileira. Já embarcamos para mundiais deixando por aqui Dirceu Lopes, Ademir da Guia, Djalma Dias, Orlando Peçanha e outros jogadores que hoje seriam titulares com facilidade. As coisas não mudarão com o “nacionalismo” e o ufanismo exagerado da imprensa, que tem como principal assunto a presença de público nas arenas, entre 30 e 40 mil pagantes. É a notícia mais importante do pré e pós jogo. Valorizar o espetáculo foi uma das primeiras coisas que aprendi com o mestre Waldir Amaral. “Faça todo jogo como se fosse copa do mundo”, dizia.

Hoje não dá. Futebol era lazer, divertimento, hoje é negócio, dentro e fora de campo. Transações milionárias enriquecem procuradores, advogados, amigos jornalistas e parantes de jogadores, quando “acertam” na “loteria”. A mídia se confunde com parcerias entre empresas e agencias de publicidade, o chamado “jabá”, cada dia mais forte. O estádio vazio, num clássico, era anunciado sem constrangimento, hoje, o “público não é dos melhores”. O mesmo erro do árbitro tem dois pesos diferentes, quando é contra ou a favor do grande. A preocupação não é com a transmissão, o jogo, é torcer para agradar a maior torcida ou a “praça”para onde vai a transmissão direta. Junta tudo isso e o resultado está aí. Esperem mais um tempo e verão o que vai acontecer. A Sibéria estará repleta de dirigentes da pior qualidade e o FBI com suas selas lotadas. Quem viver verá.

 

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