Organização tem nome e sobrenome no futebol espanhol. Exatamente às 12h30min, logo após o Paris Saint-Germain anunciar a contratação do novo treinador Laurent Blanc, o Real Madrid, em seu site oficial comunicou a contratação do italiano Carlo Ancelotti, para substituir José Mourinho, com contrato para as próximas três temporadas (até junho de 2016).
Ancelotti, de 54 anos, será apresentado quarta-feira (26-06-13), no Box Real, no estádio Santiago Bernabéu e se tornará o segundo técnico italiano a dirigir o clube, depois de Fabio Capello. A seguir haverá entrevista coletiva, quando será anunciada a assinatura do contrato, possivelmente dia 3 de julho, enquanto se resolvem pendências fiscais.
Enfim realizado o sonho do novo treinador merengue, depois de duas quase-contratação, em 2006 e 2009. Nunca um cargo de treinador ficou tanto tempo sem ser ocupado, depois da saída de José Mourinho, que acabou dividindo as opiniões entre os torcedores brancos e até mesmo entre os jogadores.
Os primeiros contatos com Ancelotti foram feitos em dezembro do ano passado, quando o presidente Florentino Pérez decidiu que o ciclo de Mourinho havia terminado, até mesmo pelas sinalizações feitas pelo treinador português, que perdeu o comando do vestiário, como costumam dizer os espanhóis, e o clima ficou difícil de ser administrado.
O Real Madrid terá que pagar 4 milhões de euros ao PSG pela transferência de Ancelotti, mas parte significativa desse dinheiro será paga em jogos amistosos. Mesmo assim, o técnico estava disposto a participar do pagamento da rescisão, com o que não concordou o presidente Florentino Pérez.
Ancelotti vai receber cerca de 6 milhões de euros por temporada e terá a seu lado Zinedine Zidane como assistente técnico, um sonho antigo do presidente Pérez, não realizado por intransigência de Mourinho, que não abria mão de Aitor Karanka nessa função. Zidane, por sinal, foi um dos responsáveis pela contratação de Isco, a maior revelação do futebol espanhol dos últimos anos.
Segundo o jornal AS, de Madrid, “uma nova era começa no Real. Um ciclo de serenidade e entusiasmo”. O que impressiona nessa transação é o modelo profissional, acima de tudo. Contratações são anunciadas em sites oficiais, números são apresentados, presidentes se reunem e decidem o que entendem ser melhor para seus clubes. Por essas e outras, a Espanha, mergulhada numa crise financeira gigantesca tem o clube mais rico do mundo, o melhor em campo e a seleção dos sonhos de quem aprecia futebol arte.
