A Nations League em sua segunda disputa, mostrou a que veio. Sucesso absoluto, com duas partidas memoráveis, ambas com a presença da França, atual campeã do mundo, com Mbappe ”voando”. Derrotou a Bélgica, de virada, na semifinal, e ganhou o título, também de virada, derrotando a Espanha por 2×1. Muitas lições para quem gosta de aprender. Destaco a qualidade da arbitragem, muito superior a que se pratica por aqui, em especial a autoridade dos árbitros, o comportamento dos jogadores e a velocidade do VAR, gastando em média um minuto para decidir os lances. Não vejo como haver mudança nessa área, a coisa é crônica entre nós. A França voltou a levantar taça e parece pronta para a copa do Catar, onde vai tentar o tricampeonato. A Espanha de Luiz Henrique disse presente com um time muito jovem mas altamente competitivo e talentoso. É a nova geração da Fúria, com apenas um remanescente daquele time que encantou o mundo nas duas últimas décadas, Busquets, de atuações soberbas nas duas últimas partidas.. A imagem que guardei foi a bronca de Drogba no resto do time, muito diferente das palminhas dos jogadores brasileiros quando um companheiro erra passe de três metros. Falta essa liderança nos nossos times e também na seleção, que jogou mal contra a Colombia, mas manteve a invencibilidade mesmo quebrando a série de vitórias e garantindo classificação para a copa, o que nunca deixou de acontecer. Um torneio absolutamente desnecessário, sem nenhum interesse, desfalcando os times quando, na verdade, Brasil e Argentina, eventualmente Uruguai ou Chile se garantem. Seleção brasileira indefinida, desgastando Newmar ao extremo, sem nenhuma necessidade. A não ser bater “recordes” que nada somam. É visível seu desinteresse nessa etapa classificatória. Poderiam mudar para dois grupos de cinco, classificando três de cada grupo para o torneio final, onde classificariam os cinco mais bem colocados. Sou muito fã do Cristiano Ronaldo, o maior jogador português de todos os tempos, meio patamar acima de Eusébio, outro monstro, hoje lenda. Tive o prazer e privilégio de entrevista-lo em Lourenço Marques, hoje Maputo, capital de Moçambique. Lá estive em 1973, primeira viagem, acompanhando a delegação do América que fez três amistosos com o quase imbatível Benfica. Cristiano marcou um gol na vitória sobre o Catar por 2×0, amistoso no último sábado, em seu jogo internacional 181 (112 gols), superando Sergio Ramos, classificando-se como quarto jogador internacional com mais jogos pela seleção de um país. Mais cinco jogos e alcança Al-Mutawa, do Catar, que jogou 186 vezes por sua seleção. Diferente da Liga das Nações, que deixou os cofres da UEFA super lotados, a classificação sul-americana segue se arrastando por intermináveis dois anos para decidir três vagas, já que Brasil e Argentina apenas cumprem tabela e vez ou outra fazem um grande clássico, que já foi o melhor do mundo. Uruguai, Chile e Paraguai, eventualmente Colombia, discutem o resto das vagas. Mais uma diferença entre o futebol que se pratica na Europa e o que não se joga na América do Sul. Dois minutos de descontos no primeiro tempo, três paralizações para atendimento, duas por falta uma por contusão, de Varane, nenhuma delas por mais de um minuto. Nenhum jogador caído com a mão na cabeça, muito menos goleiro caindo para interromper o jogo. Outro patamar, diria Bruno Henrique. Vi Flamengo x Fortaleza sem som, como faço sempre, ouvindo o fenômeno José Carlos Araújo, meu amigo e ídolo, mais uma vez dando show de transmissão, comentários do Apolinho, sobrando na turma. Super Tupi nadando de braçada.