QUASE TUDO ERRADO

Sim, mas prefiro não falar de política, do momento atual que vive o País, não sobraria espaço para mais nada. As pessoas estão perdendo a razão em troca de alguns segundos de paixão exacerbada, extrapolando todos os limites do racional. A imbecilidade está se tornando uma marca registrada do cotidiano. Penso que há pessoas erradas nos lugares errados. Não consigo imaginar um ser humano construindo em sua mente distraída liberar um treino para uma terça-feira, à tarde, quando se imaginava quase todo mundo trabalhando ou estudando. Ou praticando um lazer mais agradável que ver alguns marmanjos batendo bola, nada muito distante, penso eu, de uma pelada no Aterro da Gloria. Enfim, há gosto pra tudo, 50 mil pessoas foram ao estádio e o desfecho todos conhecem. Aí vem o desdobramento desse enredo, que marca para o dia seguinte um jogo do time que tem a maior torcida do Brasil, com portões fechados. Se há candidato ao troféu “Anta de Ouro” ninguém mais favorito que a comissão que aprovou essa medida execrável, que só beneficia um segmento: televisão. Como fazer um espetáculo, com todo o aparato que envolve uma partida de futebol, e deixar o público fora ? Isso é de uma burrice astronômica. Pode calcular, sem nenhum medo de errar, mais 50 mil pessoas em casa, no sofá, pagando ou não por um jogo de baixa qualidade. A audiência vale mais que o enredo do conteúdo. Não tenha dúvida quanto a essa estranha punição. Pelo menos dei umas boas risadas vendo os “seguranças” sentados de frente para a arquibancada, tomando conta das cadeiras, possivelmente. Entende-se que a punição é para o clube, na teoria responsável por sua torcida. Que pague uma multa pesada ou perca pontos. O torcedor legítimo foi impedido de ir e vir, direito constitucional sagrado, porque o fulaninho, com o pote cheio de cerveja – isso eles liberam – fez o que não devia, lá atrás. Fechando, por hoje, devo dizer que sou totalmente contra o árbitro de vídeo, da forma como estão querendo aprovar a utilização da tecnologia no futebol. Pretendem interferir na decisão do árbitro, que já foi soberana, cabendo a ele, interpretar o lance. A jogada tem que ser decida por ele, não por vídeos, a não ser apontar se a bola ultrapassou totalmente ou não a linha do gol, se uma falta foi dentro ou fora da área. Se houve mão na bola ou bola na mão cabe ao apitador decidir. Querem mudar isso. Assim sou contra, vai ficar uma coisa muito chata. (foto: Anderson Daronco)

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