Eu poderia fazer um título mais contundente, se precisasse vender publicidade, ganhar dinheiro com esse espaço, que não tem, nem terá jamais, essa pretensão, melhorar o índice de visitas poderia ser um bom argumento para mostrar mais sujeiras, mas pensei que “país da corrupção” está de bom tamanho. Até porque não muda nada. O assunto não é novo, eu sei, mas foi encoberto pelo Carnaval que, não por acaso, toma dez dias do calendário, numa boa. Um papo que permanece, portanto, super atualizado, acontece todos os dias.
Nosso país tem um povo rico em solidariedade, amizade e acolhimento com todos os povos do planeta. Tem uma economia exuberante, presente do Criador que nos abençoa todos os dias de braços abertos. Mas, se não temos grandes tormentas naturais, fomos castigados com uma herança maldita que corrói nossa cultura e é um péssimo exemplo para as gerações de crianças que assistem a um Congresso presidido por um Senador reconhecidamente corrupto, que foi obrigado a renunciar para não ser punido.
Grande parte de políticos comprometidos com a corrupção e um judiciário que condena aqueles que denunciam os corruptos, como mudar isso? Temos que concentrar um grande esforço para reagir em conjunto e condenar de forma decisiva toda e qualquer forma de corrupção no Brasil. No livro “Jogo sujo – O mundo secreto da FIFA” o jornalista inglês Andrew Jennings prestou esse grande serviço a Nação denunciando e provocando a saída de Ricardo Teixeira, que hoje se refugia em Miami, mas tem a ousadia de provocar o Judiciário para inibir a busca da verdadeira Justiça que puna exemplarmente os corruptos.
A CPI da CBF, presidida pelo hoje Ministro Aldo Rabelo ficou no meio do caminho e não chegou ao fim do caminho com a punição dos corruptos, graças as intervenções de seus pares no Congresso, igualmente beneficiados por essa praga que assola nossa riqueza e impede a necessária distribuição de nossas riquezas com o povo necessitado e explorado.
Matéria de Marcelo Auler, a quem peço licença para citar alguns trechos aqui no blog, mostra a indignação do parlamentar Álvaro Dias, que com Aldo Rebelo escreveu o livro “CPI da Nike”, que tem sua venda CENSURADA, portanto IMPEDIDO de ser vendido (como pode, numa país democrático, não sei dizer): “Condenação de Jennings é absurda, ele não foi intimado”, diz o senador Dias. Para o parlamentar tucano, corrupção de Ricardo Teixeira é visível como o sol em céu de brigadeiro
Ao considerar absurda a condenação de Andrew Jennings a indenizar por danos morais o ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira, por tê-lo chamado de corrupto, o senador Álvaro Dias (PSDB-PR), responsável pela ida do inglês ao Senado Federal, garante que ali ele não chegou a ser intimado para se defender da ação que lhe foi movida.
“Se o Ricardo Teixeira não é corrupto, o sol não existe. A corrupção praticada pelo Ricardo Teixeira está provada e é tão visível como o sol em céu de brigadeiro. Esta sentença é um absurdo, uma inversão de valores. Desestimula o combate à corrupção”, desabafou o Senador.
Alvaro Dias, disse que a condenação de Jennings é um desserviço pois quem “denuncia a corrupção acaba sendo punido, apesar de todos saberem que Teixeira é corrupto”. Estamos reduzindo o espaço dos denunciantes e facilitando a vida dos corruptos, a sentença veio na contramão da aspiração da sociedade brasileira atualmente, que quer o fim da impunidade”.