Renê
Mais que um estudioso, Renê Simões é um profunfo e detalhista observador, atento a qualquer movimento positivo ou negativo que surja no futebol, independente do setor. Daí a cobrança por mudança, qualidade de quem se importa com os rumos que esse esporte está tomando, devido à baixa qualidade em muitos campos de atuação dessa modalidade. Há pouco tempo foi muito criticado quando declarou que estava “sendo criado um monstro “, referindo-se a Neymar, depois de uma partida do Santos contra o Atlético Goianiense, quando o o atacante santista fez uma partida para ser esquecida, em termos disciplinares.
Bastante identificado com o futebol feminino, também, Renê fala dos problemas que envolvem as meninas brasileiras. Faz um estudo profundo das condições do futebol masculino e sua participação na copa de 2014, compara o Barcelona ao time do Flamengo de 1981 comandado por Paulo Cesar Carpegiani, analisa Messi e faz uma revelação inédita e sensacional ao comparar a política de jogar feio e ganhar com uma tourada. Eu não ia dizer isso, mas essa matéria, se eu fosse você não perderia.
O QUE FALTA, SE TEMOS A MELHOR JOGADORA DO MUNDO ?
– O que falta é uma política em que você contemple e priorize oportunidades. Uma das piorers coisas da vida é quando você tem talento e esse talento não pode ser exposto, isso é a maior maldade. Eu sou pintor, tenho um talento imenso mas não tenho uma academia onde eu possa desenvolver isso. Eu sou cantor mas não tenho a possibilidade de estudar. A mesma coisa é o futebol feminino, não existe essa política do desenvolvimento dos talentos. Existe até a seleção feminina e alguns campeonatos, mas não há uma política de trabalhar lá em baixo. É exatamente isso que quero discutir com o Ministro. Ele me convidou e já temos que pensar em algumas coisas. Primeiro, a Olimpíada, em 2012, e o que era pra ser feito já foi feito, não se pode mexer em mais nada. Continua com os mesmos erros de sempre. A seleção faz dois, três jogos antes da competição, vamos jogar e querem que as meninas vençam.
QUAL É O CAMINHO ?
Para 2016 tem que se montar uma seleção permanente. Esse time é o que vai jogar. Até já tem jogadoras que podem substituir algumas que já estão parando agora. Eu já vejo potencial nelas. Mas como você vai fazer com que isso seja permanente ? Primeiro indo lá em baixo, nas escolas. Tem que difundir as escolas, tem que começar esse trabalho. Depois a CBF tem que trabalhar de forma que ela monte todas as seleções e aí entra o governo realizando jogos universitários brasileiros, incluindo o futebol feminino, os Jebs (Jogos Estudantis Brasileiros), e depois montar a olimpíada escolar, sempre com o futebol feminino.
COMO MANTER ESSAS MENINAS EM ATIVIDADE ?
– Promovendo o campeonato brasileiro de seleções, por regiões. E faz as finais aqui no Rio, em São Paulo, por exemplo. Faz isso durante um ou dois anos e um ranking das meninas, que seriam distribuídas por times. Eu venho falando desde 2004 que fazer um time no Santos, Flamengo, Fluminense não ia dar certo, não está dando certo, não vai dar certo. Os clubes já estão endividados com o futebol masculino, como poderiam sustentar o feminino ?
QUAL É A SOLUÇÃO ?
Fazer como no volibol. Pra onde foi o volibol, para as indústrias, empresas, que deram seus nomes, como foi desenvolvido o futebol no Japão. Primeiro os times eram da Yamaha, Toshiba, Mitsubishi, eram os times das empresas que depois foram se associando às cidades e depois passaram a ser conhecidos pelos nomes das cidades. Tem que ser feito assim, pegar uma empresa, uma prefeitura, uma universidade e montar um time. Faz um campeonato brasileiro regionalizado, depois então pode ser feito um campeonato acional, mas para isso tem que ter um projeto, qualificar a mão de obra que trabalha com as mulheres.
É MUITO DIFERENTE DE TRABALHAR COM OS HOMENS ?
– Claro, não é a mesma coisa trabalhar com mulheres e com homens. São sensibilidades diferentes, o trato com elas não pode ser igual. A forma como as mulheres vêm as coisas é completamente diferente. Você como treinador tem que se doar muito mais em detalhes com elas. É muito importante se ater aos detalhes. Eu digo pra você, passa lá em casa pra gente discutir um assunto, você pergunta onde eu moro você vai lá e pronto. A mulher é mais detalhista, quer saber em que rua, claro, que número, é no início ou no fim da rua, fica perto ou longe da praia, qual a cor da tua casa. É assim, tem que dar uma série de detalhes pra ela montar tudo na cabeça dela.
EM CAMPO A DIFICULDADE AUMENTA ?
– O jogador você diz “vamos fechar mais o lado direito que o setor mais forte do adversário é por por ali”, já está entendido que o homem do lado esquerdo nosso vai ter mais trabalho e vai precisar de um auxilio maior. A mulher, não, você tem que dizer quem ela vai marcar, onde vai marcar, quando vai marcar, ou não encaixa pra ela. Então, você tem que qualificar as pessoas para trabalhar com elas.
“ESTÃO CRIANDO UM MONSTRO” CUSTOU CARO ?
– Olha, Iata, eu paguei um preço por isso. Muitas pessoas me interrogaram, acharam que aquilo tinha sido indevido. Eu já tive oportunidade de escrever uma carta para o Neymar, depois que vi uma entrevista dele no programa da Hebe Camargo. Uma pessoa fez a pergunta sobre a questão do “monstro” e ele disse que tinha ficado muito triste, tinha chorado muito com o pai a mãe e a Hebe, sem saber quem tinha falado, disse “essas pessoas são tão insignificantes que a gente esquece”. Ele prontamente interrompeu dizendo “não, o professor é uma pessoa muito competente, uma pessoa que eu respeito muito e desejo todo o sucesso a ele”.
AÍ FOI SUA VEZ DE RESPONDER !
– Depois de ouvir isso, achei que ele merecia que eu escrevesse uma carta, exlicando o porque de ter feito aquilo. Primeiro porque aquilo foi feito não somente por ter havido um incidente três semanas antes, quando ele deu aquele chapéu no Chicão e quase teve uma briga. Teve o jogo do Avai, quando ele teve um bate-bola grande com o Lopes (Antonio), depois o jogo com o Ceará, num bate-boca com o João Marcos, que deu até policia dentro de campo. Mais dois problemas em campo com o Edu Dracena e com o técnico Dorival Junior e depois, o pior deles, pra mim, quando ele não retornou ao campo de jogo quando o (Leandro Pedro) Vuaden chamava ele, que continuava no campo do Atlético Goianiense e o jogo foi reiniciado com ele no nosso campo. Quando acabou o jogo, a primeira atitude que eu tive, completamente equilibrado, ao contrário do que algumas pessoas pensaram, eu fui ao Vuaden e lhe disse “você é responsável por educar todos os jogadores, principalmente esse menino. Você não poderia ter permitido ser reiniciado o jogo e deveria ter advertido esse menino com cartão”.
FEZ A SUA PARTE !
Isso são ferramentas didáticas e educativas que você usa para educar. Depois eu falei sobre a educação desportiva, nunca falei da educação que ele recebe em casa, que não me cabia, e depois eu explicava a ele, na carta, que ali estava a preocupação de um profissional que estava vendo um talento enorme fazendo coisas que não deveria fazer. Depois eu lembrava do meu pai, que em 1950 chorou muito ao ver o Brasil perder a copa do mundo e eu não queria ver nosso time perder em 2014 sabendo que ele será um dos protagonistas que poderá nos fazer sorrir e desejar a ele toda sorte do mundo. E fico feliz em ver que ele amadureceu muito. Não por mim, seria muita pretensão da minha parte achar que foi por mim, mas sim pelas pessoas em torno dele, talvez de uma forma diferente, impondo normas, limites, como todos nós devemos ter. Um dos problemas do Brasil é que os ricos, famosos, poderosos não há limites, eles podem tudo. O sinal vermelho está vermelho pra mim, não para eles. Tratar bem aos outros é uma obrigação minha, não do poderoso, do rico, do famoso e eu não aceito isso. Acho que as normas, os limites tem que ser para todos.
MAS NO FUNDO FICA UMA SENSAÇÃO DE TER AJUDADO !
– Eu acho que nós, pessoas públicas, temos a obrigação de estar de olhos abertos para essas coisas, não podemos nos omitir. Isso é uma coisa que eu vejo na nossa profissão, as pessoas se resguardando, não correndo riscos ou danos que vão acontecer. Eu me lembro de colegas de profissão dizendo que não se envolve com política, peraí. Como eu não me meto com política se a vida toda é política. A camisa, a calça que eu visto, se elas são importadas estou dizendo sim a uma política. A vida toda é política, estamos sempre alinhados a uma política. Não é preciso estar aliado a um partido, mas todas as ações são políticas, mas dizer que é apolítico é uma falta de cidadania muito grande.
O BARCELONA REINVENTOU O FUTEBOL ?
– Não. Eles copiaram o futebol brasileiro dos anos 1950, 1960 e um pouco de 1970 também. O Brasil só deixou de jogar isso na copa de 1966, quando uns times apareceram com um preparo físico absurdo e a gente com um time velho, aquela loucura de se fazer quatro seleções, mudou um pouquinho ali. Em 70 nós resgatamos a nossa forma e voltamos a fazer isso em 1982.
ERA UM SUPER TIME ?
– Sim, voltamos a jogador como brasileiro. O time circulava. O Junior vinha por dentro, por fora, o Leandro por dentro, por fora, o Cerezo atacava, o Sócrates rodava, o Falcão rodava, o Eder, todo mundo rodava, participava. O que menos rodava era o Serginho, com outra característica. Então, a gente fazia um carrossel à nossa maneira.
O QUE NÃO É A MESMA COISA !
– A única coisa diferente, que o futebol brasileiro nunca fez, foi a pressão em cima da bola, em qualquer espaço do campo. Isso o Barcelona faz muito bem. Só tem uma bola em jogo, se marcar a bola pode ter dez jogadores soltos, mas ela está pressionada. Como eles estão pressionando a bola na frente, a linha da defesa pode sair e jogar porque não vai ter espaço. Pode haver um chutão, mas o passe não vai ter porque está pressionado.
ENTÃO É UMA FÓRMULA SIMPLES !
– Eu tenho essa análise do time do Barcelona, individualmente, como cada um se comporta. Quando eles perdem a bola lá na frente, Messi, Pedro e Iniesta já estão os três juntos dando pressão, se for por outro lado lá está o Daniel, Xavi e o Busquets e os outros vem por trás. Você vê em determinados lances até cinco jogadores. Tenho lances, em determinados jogos, quando aparecem cinco jogadores cercando um do Sevilha. Cinco. E só tem uma bola.
O SEGREDO É A MARCAÇÃO ?
– Eu posso deixar o Cristiano Ronaldo lá na frente sozinho mas a bola está aqui, pressionada, não chega nele, no máximo pode haver um chutão. O que eles fazem, teoricamente, é que quando o Barcelona tem a bola onze jogadores estão prontos para jogar, contando com o goleiro, claro. O número de participações do goleiro do Barcelona deve ser em média de dez passes e não dá um chutão. Os zagueiros não dão chutão. Ninguém faz isso.
COMO CONSEGUIR ISSO ?
– O segredo está em buscar o equilíbrio do time. Eles trabalham a bola pelo lado esquerdo tentando uma infiltração rápida, alguém vindo por trás, do lado direito, em jogadas rápidas. Raríssimos são os gols de cabeça do Barcelona porque eles chegam na linha de fundo e tiram você da área, giram rápido e lançam alguém que entra numa infiltração por dentro.
PODE SER COMPARADO AO FUTEBOL BRASILEIRO ?
– Outro dia encontrei nos meus arquivos uma entrevista com Paulo Cesar Carpegiani, em 1981, ele dizendo, “em meu time todo mundo vai rodar” e aquele time todo mundo rodava. Pegue o time de 81 e diga quem era marcador, pegador. Você tinha o Junior e o Leandro descendo ao mesmo tempo. Tinha o Zico vindo pra trás, pra frente o Adilio rodando em todos os espaços, o Tita, o Lico, que aparecia em todos os cantos do campo. Então, não vejo isso como nada novo.
O QUE DIFERE ESSE BARCELONA TÃO ESPETACULAR ?
– Vejo neles uma excepcional coordenação coletiva, pelo número de anos que eles já fazem a mesma coisa. Aí é o resultado de um projeto dentro do clube. Já vi lances desse time fazendo gols no time sub-14 idêntico aos que esse time vem fazendo agora, com quase todos os jogadores, caso de Iniesta, Xavi, Messi, ta todo mundo ali, inclusive Fábregas, que retornou agora ao clube. É interessantíssimo ver aqueles moleques fazendo a mesma coisa que está sendo aplicado agora. Então fica fácil, eles jogam por música, o que o futebol brasileiro perdeu esse ditado bonito: “vamos jogar por música”.
O BRASILEIRO DEIXOU DE “JOGAR POR MÚSICA” ?
– Jogar por música é quando eu tenho a bola sei que por trás de mim está passando alguém. O Pelé sabia que quando ele balançava para a direita queria um passe para a esquerda. Fazia um movimento para a frente porque queria um passa mais atrás. Isso é jogar por música, se entender nos movimentos. Os caras jogavam cinco, seis, dez anos juntos, eu vou saber o que você quer. Agora nós estamos o tempo todo trocando jogador, trocando treinador. Parece que agora vai ficar um pouco mais fácil com a vinda de novos contratados, estamos deixando de ser exportadores e começamos a importar. Veja quantos jogadores retornaram ao Brasil nos últimos dois anos. O número de repatriados foi muito maior do que os que saíram. O problema é que eles agora estão levando os jogadores sub-13, sub15, no futebol de salão. É La que eles estão indo levar jogadores.
O BARCELONA PODE SER CONSIDERADO O MELHOR DE TODOS OS TEMPOS ?
– É difícil esse tipo de análise, comparação. A única coisa que se pode comparar é o número de títulos. Aquele time do Santos era uma coisa de maluco, extraordinário. O time do Flamengo de 81 era muito bonito ver jogar. O Ajax da era Cruijff, aquela Holanda de 74 era muito bonito de ver jogar também. É muito difícil comparar. Eu penso como Pelé, acho que ele tem toda razão “tem alguém para se comparar comigo ganhe três copas faça mil trezentos e tantos (1283) gols, faz mais não sei o que e pronto. Não tem que se comparar. Esse time precisa ganhar mais títulos para poder ser considerado o melhor do mundo.
O MESSI PODE SER COMPARA A ZICO OU MARADONA ?
– É nesse nível. Um jogador extraordinário, como foi Zico, como foi Platini, Zidane estou falando nos fora de série, ele está nessa linha, como eu acho o Iniesta também nessa linha dos fora de série. Ele só não tem um brilho maior porque joga no time do Messi, como jogadores fenomenais que jogaram com Zico, outros que jogaram com Pelé, com Cruijff, mas não tem jeito, o cara é muito bom mas não vai brilhar como eles. Mas Messi é desse nível, é diferenciado, com uma qualidade interessante, que lembra o Romario. Nunca vi o baixinho se aborrecer ou demonstrar que estivesse aborrecido com alguém fazendo falta nele. Ele tenta não cair e quando cai levanta e tudo bem. Não tem briga, não tem discussão. O Romário fazia isso muito bem, o Ronaldo Fenômeno também.
DÁ PARA PROJETAR A COPA DE 2014 ?
– É difícil, mas a gente percebe que a Espanha vem mantendo um bom nível de atuação, que a Alemanha tem um time bem novo, que estará mais maduro, com experiência internacional. Acho que a Alemanha vem com uma seleção extremamente competitiva, bonita de se ver jogar.
O BRASIL CORRE RISCO DE NÃO JOGAR NO MARACANÃ ?
– Nós precisamos encontrar o nosso time. O Mano começou como deveria ter começado mesmo, aquele primeiro jogo contra os Estados Unidos, com o time renovado, jogou bonito, mesmo com algumas críticas “ah, foi contra os Estados Unidos”, o que não é certo, eu conheço muito bem o futebol que eles estão jogando, não é fácil, e nosso time passeou contra eles. Nós fizemos com os americanos o que o Barcelona fez contra a gente, contra o Santos. O time foi bem mas depois o encaixe não aconteceu, falta aquele homem no lugar do Ganso, que depois da operação não foi mais o mesmo. Aí ele teve que convocar jogadores com mais de trinta anos, deu um passo atrás, pois esse pessoal não vai jogar em 2014.
COMO PREPARAR ESSE TIME ?
– Em 2012 é o ano para definir o time: “essa é a minha seleção para 2014”. Toda vez que o time entrar em campo ele vai poder dizer: “o time da copa está aí”. Claro, um ou outro jogador poderá ser trocado mas a base está ali, a espinha. E jogar aqui no Brasil, pegar o humor do brasileiro. O jogador que atua lá fora tem outro humor, é diferente. A seleção precisa ser pressionada em casa, sentir a cobrança no idioma dele, se identificar com a galera.
FALTA IDENTIDADE À SELEÇÃO ?
– A pior coisa que aconteceu com o futebol foi quando começamos a aceitar a idéia que “eu quero jogar mal e ganhar o jogo”. Isso foi uma bactéria que entranhou e está alojada, muito bem escondida e a gente precisa arranjar um antibiótico para isso.
POR ANALOGIA, É COMO UMA MÁ TOURADA ?
Quando eu fazia palestras no exterior, tinha muita dificuldade em explicar esse fenômeno que ocorre com o nosso futebol. Aí passei a usar um comparação com uma tourada. Qual é o objetivo da tourada, não é matar o touro ? Qual o objetivo principal do futebol, fazer gol, mas o toureiro não entra na arena com um revólver, o touro vem ele dá um tiro, acabou, matou o touro. Não é assim. Qual é a graça nisso ? E nós estamos atualmente com essa concepção de dar tiro no touro. Basta fazer um gol, ganhar o jogo. Nós nunca jogamos assim, tinha que haver a dominada bonita, o passe bonito, o drible, a finta, o balé. O balé que o toureiro faz com o touro é o que interessa. A morte do touro é o objetivo, mas o belo vem antes. Hoje é assim, o toureiro entra em campo e mata o touro com um tiro, mas cadê a tourada, o olé, a finta, isso que o público quer ver. Eu acho isso ridículo.
Essa entrevista foi realizada no restaurante “O camarão Arte Bia”, dos irmãos Renê e Roberto, na Rua dos Artistas, pertinho Maracanã, para onde seguimos para as fotos do Marcelo Santos, no portão principal do Templo dos Deuses do Futebol. Depois, claro, de um suculento Tilapia com molho de camarão, alcaparras e batata portuguesa. Ainda falamos do Adidas Show, dos anos 1980, quando jogavamos ao lado do saudoso Antunes, Nando – irmãos de Zico, Osvaldo Oliveira, Jairzinho, Carpegiani, Ze Gomes, Cidinho, Paulo Janildo e outros. A isso chamamos “juntar o útil ao agradável”.
Fotos: Marcelo Santos
Parabéns Iata, ótima entrevista.
Estava neste dia almoçando no Restaurante a serviço e tive o prazer de revê-lo.
Sucesso e tudo de bom.
Ronaldo Simões
Essa entrevista com Renê foi muito bem feita, confesso sou suspeito, pois gosto muito da postura desse profissional. A leitura que ele faz do futebol brasileiro é muito precisa. E Iata essa analogia com a Tourada foi muito boa; realmente existe o objetivo, o touro deve ser subjugado não apenas pela simples força, mas pela graciosidade, elegância, e quando tudo isso se reuni temos o belo. Nosso futebol precisa resgatar o belo, sabe por que Iata? Porque o belo é a nossa essência futebolística, é nossa raiz e não essa “heresia” dos tempos atuais chama futebol de resultados.
Parabéns Iata. Bela entrevista de dois craques conhecedores do assunto. Um sabe perguntar e instigar o entrevistado e buscar realmente informação que nós desejamos saber e do outro lado, Rene, um profundo conhecedor de tudo sobre desde o alicerce do futebol e com uma grande visão a frente. Um estrategista!!
PS: A mais de (talvez) 25 anos não o vejo apesar de fã incondicional do trabalho profissional do amigo do rei. Grande Iata. Sou o Gilberto do posto 6, Francisco Sá. Ja bebemos algumas cervejinhas juntos, alguns jogos no Maracanã, alguns jogos no Marapendi etc. O destino nos aproximou naquela época e também nos afastou mas mesmo assim, admiração, respeito pelo grande ser humano chamado Iatagan Anderson de Oliveira. Um grande abraco amigo!! Saúde e sucesso!!!