O Clube de Regatas do Flamengo, fundado em 15 de novembro de 1895 tem dono. Pertence ao Rio de Janeiro e sua torcida espalhada por todo o País. Na verdade pertenceu a seus fundadores, que não estão mais entre nós. O resto é conversa fiada, lenda de terceira categoria. Porém, o “Mais querido do Brasil”, “Rolo Compressor”, que superou até admitir um urubu como símbolo, hoje tem que suportar ser chamado de “Mulambada”, o que é natural entre torcedores, até que o tempo se encarregue de mudar as coisas. Esse tempo é que não chega. Ninguém vai dizer a mim como funcionam as coisas na Gávea, que frequento desde 1962, como sócio, nove anos como setorista para emissoras de rádio, quando acompanhei o “time de Zico” ganhar todos os títulos possíveis, um ano como assessor de imprensa do time e o aparecimento do maior jogador de todos os tempos a vestir o Manto Sagrado. Vi coisas impublicáveis nesse período. Não tenho vocação para Lúcifer e calar-me diante do que tenho assistido nesta década, tampouco achar que esse clube que, de propósito lembrei acima, possa ter um dono – totalmente desconhecido, sem nenhuma história pra contar – a adentrar o vestiário da derrota, aos gritos, como se tivesse esse direito, e, mais grave, demitir uma comissão técnica competente, ou não teria sido contratada, incluindo Paulo Cesar Carpegiani, esse sim, uma gloria do futebol rubro-negro. Com que direito, pergunto, se a “mulambada” a que ele se referiu foi contratada com seu aval e de outros dirigentes também incompetentes ? Gastaram fortunas, concordo, mas foram eles que deram a alguns jogadores que, em suas empresas não ganhariam 10% do salario por eles acordados. Presidente Bandeira, esse dirigente não pode permanecer mais um dia nesse cargo. Não tem competência nem equilíbrio para ser responsável pelo futebol do clube mais querido do País. Há que respeitar a “Nação”, que não aguenta mais ir aos estádios, pagar pra ver jogos na TV e ser gozado em todas as redes sociais, no trabalho, na escola. O time é uma “mulambada” sim, concordo. Não viram isso antes ? Quem determinou salários de 600, 800, 900 mil reais, inconcebível no futebol sul-americano, para jogadores pipoqueiros, em fim de carreira – exceção digna a Juan – esse sim, um símbolo do clube ? Apure isso, presidente, enquanto ainda confiamos no senhor que tem saneado o clube, é verdade, mas está longe de merecer a confiança da torcida quanto a um grande time que represente o maior vencedor de títulos do futebol carioca. Aproveite a “mega-sena” que o Real Madrid lhe deu e faça um time. É isso que o torcedor quer. Esse dirigente que prometeu mudança no futebol deveria começar assinando sua carta de demissão. Pra que tantos cargos no departamento de futebol do clube ? Presidente Bandeira, aproveite sua ida a Madrid e pergunte ao presidente Florentino Perez como se administra o futebol do maior clube do mundo e veja o que pode ser aplicado na Gávea. Desnecessário dizer que há exceções em algumas apreciações e que essa análise serve para todos os clubes do Rio. Com todo o respeito que merecem.
(*) Foto Marcelo Dieguez – O Historiador
Pegou pesado Iata. Mas era necessario que nós,enquanto torcedores do Mais Querido, tivéssemos uma voz que traduzisse, mesmo que SÓ pelas redes sociais, a indignação de uma Nação com o desrespeito que alguns pseudo diretores tem com nosso querido Mengão.
Que esse texto chegue à Gávea e que se tome alguma providência urgente, mas ao mesmo tempo, responsável para tirar esse grandioso clube da situação vexatória em que se encontra.
O lema “compra que a torcida paga” é uma verdade, mas mas tem de ser levada com seriedade.Aí sim, talvez fiquemos livres de,assistir jogos do Mengão com 2, 3 mil torcedores.
Um abraço e tamu junto, pau neles a Na.ção tá contigo
Obrigado, Erich. É preciso alguém falar algumas coisas. Esse novo jornalismo é um nojo, só falam
para agradar torcida, dirigentes e patrocinados, principalmente. Aquele 7×1 foi pouco mas vai incomodar mais
que o Maracanazo de 1950. Grande abraço.