O CRAQUE FAZ A DIFERENÇA

Jairzinho é um dos personagens mais constantes no que eu espero ser um livro interessante, quando concluído. Pelo menos é minha vontade. Está no forno, em banho maria, para ver se chegamos a um acordo até meados de 2016. Amigo querido, irmão, tenho por Jair Ventura Filho um carinho muito grande, uma admiração profunda, um respeito incomum num cidadão brasileiro, com seu ídolo. Mas tenho e me orgulho disso. Daria para escrever um livro sobre ele, tranquilamente, mas não seria para agora. Hoje quero contar um episódio que toda convocação para a seleção brasileira me faz lembrar. E refletir.

Jairzinho foi – e se jogasse no Flamengo isso teria sido dito pela imprensa – o maior jogador da copa de 1970, no México, a do tricampeonato. Arrasou, arrebentou, fez chover,fez sol, tudo, até virou Furacão. Não viu quem não quis. Muito bem. Esse “monstro”, antes de sair a lista definitiva para qualquer convocação tinha um papo comigo, talvez por superstição, jogador do Botafogo que era. Um dia qualquer, numa convocação importante para a Copa Independência, o ritual foi mantido. Saímos pra jantar e ao me deixar em casa, no Leblon, manteve o pedido feito várias vezes. “Iata, quando a sair a convocação liga pra me dizer se estou”,  assim, desse jeito. Os tempos mudaram e os comentaristas estão discutindo Jô ou Diego Tardelli. Para que eu vou descer.

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