As comparações são inevitáveis. Guardadas as proporções, até saudáveis. O que não pode passar em branco é o que Lionel Messi está jogando no Barcelona. Um absurdo. A cada partida tem feito jogadas como se fossem tiradas de um repértório só visto em Pelé. Cuidado para não fazer comparações, com o rei do futebol.
A midia brasileira só destaca o absurdo, como o gol marcado contra o Arsenal, pela Liga dos Campeões. Mas as jogadas fenomenais tem se repetido a cada partida do campeonato espanhol. Contra o Zaragoza, o número 10 do Barcelona quase repetiu o gol de Maradona contra a Inglaterra, na copa do mundo do México, em 1986. Claro, não se pode comparar nada a Pelé. Ponto final.
Enzo Francescoli, o fenomenal atacante uruguaio, disse que Messi é melhor que Maradona. Não acho. Penso que só o tempo vai se encarregar de tirar a dúvida que começa a se estabelecer entre os dois argentinos. Hoje, Messi é o melhor jogador do mundo, com um desfile permanente de grandes jogadas, surpreendendo a cada jogo.
Trata-se de um jogador fora de série, quase perfeito. Coisa que só o tempo vai definir, repito. Pelo que fez até agora, aos 23 anos, dá para imaginar o que vem pela frente. Não será fácil manter essa sequência de grandes jornadas, partidas, jogadas e gols memoráveis. Alguns históricos. Maradona, pelo que fez em campo, virou lenda.
Messi tem no mínimo dez anos para fazer história e tudo para confirmar o que dele se diz, hoje. Estar entre os maiores jogadores do mundo – sobre isso não há discussão – nessa idade, é muita coisa. Só os escolhidos conseguem. Bom para o futebol ver o Messi jogando, mesmo quem não torce pelo Barcelona. Os amantes do futebol estão festejando o novo gênio, único por sinal, desfilando pelos campos de todo o planeta. Messi é Messi e pronto.
Não pode ser comparado ainda a Maradona. Pela história que vem fazendo tem tudo para ser o jogador mais próximo de Pelé, vaga ainda desocupada. Quem viver verá.