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Seus visitantes favoritos eram os uruguaios, a quem contava a história de final de 1950 com o orgulho de quem a tudo assistira, mesmo com a derrota do Brasil. Fazia sozinho o que hoje uma equipe de estagiários e funcionários da Suderj não consegue. Nem pode. Izaias era mais velho que o próprio estádio, o mesmo que querer conhecer o filho mais que o pai.
“Meus queridos hermanos”, era sua frase favorita, para vinte, trinta, cinqüenta visitantes reunidos em torno dele nas cadeiras especiais, lado direito da tribuna. Ficava estrategicamente posicionado no lado do gol histórico de Gighia, a quem conheceu depois e se tornou grande amigo. “Foi ali, naquele área, que ele entrou e chutou rasteiro no canto. Barbosa pagou essa conta a vida inteira”. E gritava gol seguido pelo grupo, que deixava sempre uma lembrança para reforçar a poupança.
Izaias virou lenda ainda vivo. Era a alma do maior e mais importante estádio de futebol do mundo. Trabalhou no “derby” como telefonista, mas foi afastado pela gagueira. Seguiu trabalhando em outras funções até assumir, definitivamente o cargo de guia oficial do estádio. Parou forçado por problemas nos joelhos, que dificultavam sua locomoção.
Antes de voltar a Bauru, onde nasceu, casou pela segunda vez, no Maracanã. A cerimônia foi realizada no Centro de Convivência, em frente a Calçada da Fama, na entrada do hall dos elevadores. Celebrada pelo então juiz Siro Darlan, a seu pedido, foi assistida pelos funcionários da Suderj, amigos e parentes. Pelo menos um de seus sonhos foi realizado.
Descanse em paz 009.
Yo fui a maracana por alla como en el 98, estuve en una de esas tantas visitas guiadas por Izaias, la verdad que espectacular.
Siempre tengo el recuerdo de él relatando esa final que supimos ganar en el 50.
Rescato una frase de él “Los Uruguayos fueros los maestros, y nosotros los Brasileros, como buenos alumnos, supimos aprender bien”
Descanse en paz “James Bond en negativo”