Oscar Wilde é o escritor mais lido da língua inglesa, depois de Shakespeare. Nasceu em Dublin, República da Irlanda, no dia 16 de outubro de 1854, há 158 anos. Filho de Sir William Robert Wills Wilde e Jane Francesca Elgee, ambos irlandeses, teve uma irmã, Isola, também nascida na casa nº 21 de Westland Row. Sua obra teve e tem até hoje muitos apreciadores, especialmente por seus contos e novelas e sua produção teatral, das mais importantes e apreciadas do teatro inglês.
Mas foi na literatura que Oscar Wilde teve a sua consagração como escritor, embora tenha feito apenas um romance, “O Retrato de Dorian Gray”, em 1890. Homossexual assumido, Wilde foi condenado a dois anos e levado para a prisão de Pentoville, depois para Wandsworth, onde escreveu uma carta para Lord Alfred Douglas, “Bosie”, com quem viveu intensamente um romance que acabou com a sua brilhante carreira, preço que pagou por enfrentar a rígida sociedade homofóbica que marcou a era vitoriana. De profundis é uma das principais obras do grande escritor.
Na primavera de 1900 Oscar Fingal O’Flahertie Wills Wilde fez sua última viagem à Italia, onde escreveu algumas de suas obras. No verão regressou ao seu quarto de hotel em Paris, bastante debilitado. Foi operado por seu compatriota o médico Tucker, sem muito sucesso. No dia 30 de novembro Wilde tem seu quadro agravado e morre às 9h50min vitima de meningite cerebral. Chamado por seu amigo e biógrafo Robert Ross o Padre Cuthbert ministra-lhe o batismo e a extrema-unção.
Lembrei-me de escrever, pela primeira vez, alguma coisa, por menor que fosse, como um modesto tributo ao meu escritor favorito. Uma obra de rara beleza, poeta como poucos, tem uma história de vida absolutamente fantástica que merece ser lida e estudada. Poucas pessoas teriam enfrentado um sistema tão perverso como o que enfrentou para assumir uma modelo de vida que lhe arruinou a reputação, uma sociedade hipócrita para viver um romance avassalador. Porém, com todas as adversidades deixou-nos uma magnifica coleção de contos, operas e poesias a quem agradecemos.
Roberto Ramos
Essa lembrança, por incrível que pareça, veio assistindo a uma partida de futebol, do Corinthias. Em determinado momento vi o goleiro Cássio (Roberto Ramos) em movimento e não tive dúvidas. Ali estava uma dessas figuras a quem não resistimos fazer comparação. Gaucho de Veranópolis, o jovem atleta tem se destacado e mereceu até convocação para a seleção, mas nada tem a ver com poesias ou romance. Somente o fato de lembrar, fisicamente, o grande escritor irlandês.