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JOGO SUJO …
“Jogo Sujo, o Mundo Secreto da Fifa: Compra de Votos e Escândalo De Ingressos”, livro contendo denúncias e reportagens feitas pelo repórter André Jennings, da BBC, chegou às livrarias esta semana. Custa R$ 49.90 e na Europa vendeu mais 1 milhão de exempares.O foco maior das denúncias é Joseph Blatter, presidente da Fifa. Mas respinga nas bandas de cá. Mais uma leitura obrigatória para você, torcedor, ficar conhecendo o que foi possível apurar sobre o que rola no submundo do futebol.
CPI DA CBF/NIKE
As investigações da CPI do Futebol da Câmara dos Deputados renderam um livro, que foi lançado em dezembro de 2001 e está com sua venda proibida pela justiça. De autoria dos deputados Aldo Rebelo (PCdoB-SP) e Sílvio Torres (PSDB-SP), presidente e relator da CPI CBF-Nike, o livro contem informações sobre o que acontece nos bastidores do futebol brasileiro; sobre os contratos da CBF com a Nike e com a AmBev; sobre as parcerias e as comissões milionárias; e sobre quem são os políticos que recebem doações da CBF para apoiar o lobby da principal responsável pelos destinos do futebol brasileiro. Também apresenta dados sobre as mansões no exterior, a evasão de milhões de dólares dos cofres da CBF, as empresas fantasmas em paraísos fiscais e o tráfico de menores para o futebol europeu. Vale a pena procurar nos sebos.
COMO ELES ROUBARAM O JOGO
Maracutaias e falcatruas. Sonegação fiscal, venda de armas, lavagem de dinheiro e toda a espécie de corrupção. Foram essas as marcas deixadas pelo ex-presidente da Federação Internacional de Fitebol (FIFA), João Havelange, durante seu “reinado” de mais de vinte anos (1974 -1998) à frente da organização. O jornalista inglês, David A. Yallop – um dos mais respeitados jornalistas investigativos – revela como foi possível ao futebol, esporte praticamente amador até meados do século 20, tornar-se uma máquina financeira monstruosa subjugada aos interesses de empresas e da publicidade. Yallop joga toneladas de lama no ventilador. Revela que a trajetória de Havelange dentro da FIFA foi suja desde o princípio, quando o carioca decidiu candidatar-se. Para assumir o controle da organização, o brasileiro valeu-se do suborno prometendo mundos e fundos para os representantes das delegações com direito ao voto. Prometeu rios de dinheiro e alterações no regulamento da Copa do Mundo a fim de facilitar o ingresso das nações pobres e inexpressivas na competição. Garantiu investimentos na estrutura e tudo o que fosse necessário para modernizar e popularizar o esporte nessas regiões. Financiou a viagem de delegados até Zurique. E venceu. Essa é a ótica de Yallop. “Como eles roubaram o jogo”, de David A. Yallop; (Editora Record; 365 páginas; R$ 48,90)