LA ROJA B GOLEIA E FAZ FESTA NO MARACANÃ

TORCIDA ESPANHOLA FEZ A FESTA

Voltei ao Maracanã depois de muitos anos, para lembrar os tempos de arquibancada, substituídas por confortáveis cadeiras, um novo modelo, o mesmo mítico estádio de tantos acontecimentos históricos. Depois das plásticas o gigante de 63 anos remoçou, ficou mais bonito num momento histórico em que o povo vai às ruas exigindo mudanças. Faltava um grande jogo, mas o técnico Vicente Del Bosque preferiu poupar a melhor seleção do mundo e mandou a campo a “Roja B”.

Mesmo assim o time amador do Tahiti não resistiu aos reservas de luxo da seleção campeã do mundo, que estabeleceu a maior goleada entre duas equipes FIFA, superando os 10×1 da Hungria sobre El Salvador, na copa do mundo de 1982. Fernando Torres também fez história como segundo jogador a marcar quatro em jogos de seleção, igualando-se a Ademir, que marcou contra a Suécia, na copa de1950. A maior goleada da seleção brasileira foi 7×0 sobre o Chile, amistoso, dia 17 de setembro de 1959.

MARACANÃ ESTAVA BONITO, MESMO COM SOL

Essa goleada entra para a história da “Roja” como terceiro maior placar de todos os tempos em jogos internacionais, abaixo apenas da goleada sobre a Bulgária por 13×0, com seis gols de Chacho, dia 21 de maio de 1933 e 12×1 contra Malta nas eliminatórias para a Eurocopa de l984, na França.

Foram 27 chutes a gol e um pênalti perdido por Fernando Torres, que, ao lado de Mata, David Silva e Villa superavam uma fraca defesa, mal posicionada, com apenas um goleiro esforçado, o valente Rocha, que deixou o campo aplaudido.

NA SOMBRA MELHOR AINDA

Esta foi a quarta partida da Espanha no Maracanã. As outras foram na copa do mundo de 1950. A primeira contra o Chile, 2×0, gols de Basra e Zarra, nova vitória, contra a Inglaterra por 1×0, novo gol do lendário Zarra e a famosa derrota para o Brasil por 6×1, gol de Igoa. Juntando-se a eles, Fernando Torres, David Villa, David Silva e Juan Mata tiveram o privilegio de balançar as redes do mais famoso estádio do mundo. Com essa partida, Fernando Torres fez seu 103º jogo na seleção, ultrapassando Raúl, ex-Real Madrid. Torres passa a ser o 6º maior internacional.

SERÁ QUE AMBULANTE ATRAPALHANDO A VISÃO É PADRÃO FIFA ?

Mesmo com a torcida para a fraquíssima seleção do Tahiti, como aconteceu contra a Nigéria, o Maracanã recebeu muitos torcedores com camisas do Barcelona, em maior número, Real Madrid e a tradicional vermelha da seleção, “La Roja”. Para os admiradores da melhor seleção do mundo o grande momento foi a entrada de Iniesta, no segundo tempo, no lugar de Cazorla, bastante aplaudido pelos “aficionados” do time espanhol. Jogou apenas 15 minutos mas deu seu colorido a uma festa muito bonita, sem dúvida.

BONITO VER “LA ROJA” MESMO A RESERVA

Do antigo Maracanã ficou a saudade. Do novo, a certeza que se fazia necessária uma mudança radical. Foi feita e o resultado é altamente positivo. Controle perfeito na entrada, boa sinalização, assentos confortáveis, sem atropelos, cada um respeitando o seu lugar. Se será sempre assim, ninguém pode garantir. A lamentar um locutor muito chato, pedindo as pessoas se levantar para ouvir os hinos, entre outras bobagens. Uma barulheira desnecessária. Ninguém vai ao estádio para ouvir locutor nem música. Até porque Vitório Gutemberg só teve um.

COM OS AMIGOS DENI E RAIMUNDO SAUL

A briga contra a venda de bebidas alcoólicas dentro do estádio foi perdida, por quem não bebe. Vendia-se uma determinada marca, claro, faz parte do grande jabá da Fifa – uma das razões do povo nas ruas protestando – que poderia perfeitamente ficar restrita aos bares, mas não, foi vendida nas entradas, nas rampas e, pior de tudo, nas cadeiras, atrapalhando a visão dos torcedores, como eu, que pagaram caro para ver a Espanha, não ambulante. Ah, fumar é proibido, até que o senhor Blatter, que deveria ter sido enxotado a pontapés,  consiga um patrocinador.

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