Finalmente
Domingo (17-02-13) Kaká fez uma grande partida, na vitória por 2×0 sobre o bem montado e perigoso Rayo Vallecano, que, ao contrário do que muita gente na imprensa diz, não faz parte dos “dois times que existem no campeonato espanhol”. Foi um adversário dificílimo, como tem sido para Barcelona, Atlético, Sevilha, Valencia, Athletic e outros que brigam para quebrar a hegemonia dos sempre favoritos Real Madrid e Barcelona, os dois gigantes da Espanha (e seriam em qualquer país do mundo).
Há pouco mais de um mês (13 de janeiro), Kaká foi expulso contra o Osasuna, em Pamplona, em dois lances de “cabeça de bagre”, aquele jogador que não calça o tênis do menino criado no São Paulo. Foi expulso em apenas 17 minutos de jogo e crucificado pela imprensa e torcedores, que não havia mais dúvida quanto a sua saída. A maioria queria a sua venda, aproveitando a “janela” de inverno, quando poderiam ser feitas negociações. O próprio Kaká alimentou as especulações com sua ida rápida a Milão e o encontro com Adriano Galliani.
Contra o Sevilha, dia 9, e contra o Rayo, Kaká lembrou aquele jogador rápido e talentoso que o levaram a ser contratado por 67 milhões de euros e recebido por 60 mil madridistas. O craque brasileiro só foi superado em cifras por Cristiano Ronaldo, comprado por 96 milhões e Zidane que custou 75 milhões. Os dois saíram barato, segundo avaliação custo/benefício. A torcida não queria mais o craque Bola de Ouro de 2007, queria ver o futebol daquela temporada alucinante, que o fez melhor do mundo da temporada.
Kaká vive o seu melhor momento no Real Madrid, desde que desembarcou em Madrid no verão de 2009. Quando me refiro às “viúvas” do Kaká não pensei pejorativamente, mas naqueles que enchem as transmissões da ESPN e da SKY, por sinal maravilhosas, criticando Mourinho por não escalar o brasileiro, como se ele estivesse merecendo. Bobagem, nacionalismo estúpido, sem nenhum sentido. Kaká nunca fez por merecer ser titular, até agora.
Vi, com absoluta certeza, mais de 95% dos jogos de Kaká com a camisa branca. Foi decepcionante em quase todos. Apático, submisso, alheio ao que se passava à sua volta. Muito longe do jogador que aplaudimos e vibramos nos dois últimos compromissos da Liga. Se render contra o Deportivo (sábado, 23, em La Coruña) o que vem apresentando, será um dos trunfos do Real Madrid contra o Manchester United, dia 5 de março,valendo vaga para as quartas-de-final da Liga dos Campeões.