A Federação Inglesa de Futebol anunciou que poderá ficar fora da próxima eleição para a presidencia da Fifa, que terá os candidatos Joseph Blatter e Mahamed Bin Hamman. O boicote será uma resposta à derrota da Inglaterra como candidata a sediar a copa do mundo de 2018, além dos recentes escandalos denunciando possíveis subornos naquela votação.
“A Federação Inglesa abstem-se de votar para a presidência da Fifa. Há muitos assuntos recentes e atuais que nos tornam impossibilitados de apoiar qualquer candidato”, anunciou a FA em um comunicado oficial.
De todas as formas, entretanto, destacam o “grande valor” que dão às “relações internacionais” e sua “determinação para exercer um papél ativo e influente” em sua “representação na UEFA e na FIFA”.
“Seguiremos trabalhando muito para buscar as mudanças que consideramos necessárias para beneficiar o futebol internacional”, destacou o organismo responsável pelo futebol inglês.
Por seu lado, Joseph Blatter considerou “um pouco estranho que a federação número um do mundo” não possa decidir-se. “naturalmente que pode abster-se, porém expliquei ao seu presidente, David Bernstein, a parte que a FA contribuiu em benefício do desenvolvimento do futebol, especificamente no que se refere às regras do jogo, já que foi ela quem organizou a Fifa e o futebol moderno”.
“Bernstein me perguntou o que a Fifa poderia fazer pela Inglaterra e eu mudei o sentido da pergunta: o que pode a Inglaterra fazer pela Fifa. Com sua eficiente ‘Premier League’ deveriam perguntar isso”, assinalou o dirigente.
Na verdade, as relações entre a Federação Inglesa, isoladamente, e parte da Gran Bretanha estão em desalinho com a Fifa faz algum tempo. Ganhou força agora, depois das denuncias de tentativa de suborno na votação para a escolha da sede para a copa do mundo de 2018, quando os ingleses foram derrotados e perderam a chance de promover seu segundo mundial de futebol.