Fico
Beira ao ridículo o que cada um transforma sua função de informar travestido de torcedor mediante um ufanismo grosseiro, indisfarçável, medíocre, com objetivo de ganhar audiência, como se fosse esse o caminho a percorrer. Waldir Amaral, o maior gênio que o rádio esportivo teve em todos os tempos, nos ensinou que “o narrador narra, o comentarista comenta, o repórter dá notícias e o torcedor torce”. Bons tempos em que havia um chefe com essa visão e independência para comandar a maior equipe esportiva do Rio durante muitos anos, sempre na liderança, com concorrentes de altíssimo nível.
A distância entre o futebol que apresenta hoje o Real Madrid e o Grêmio é monstruosa. O placar foi o mais mentiroso que alguém possa imaginar. Os caras misturam tudo, falam da história do “imortal tricolor” – dito uma 100 vezes pelo locutor na Fox – como se estivesse em jogo a trajetória do campeão sul-americano ou que a do time espanhol fosse inferior. Os números da partida foram mostrados, não há porque repetir, tampouco comparar Renato Gaúcho – um excelente jogador – com Cristiano Ronaldo, por pouco não posto em questão com Zidane.
O Real Madrid chegou ao sexto título de campeão mundial, superando a seleção brasileira, Cristiano igualou-se a Pelé como maior artilheiro de mundiais. Além disso, vale lembrar, o time branco venceu as últimas 12 ( DOZE) finais internacionais desde 2002 (Campeão de 10ª Champions), Supercopa da Europa e Mundial de Clubes, contra o Olimpia. Seguiram-se três finais da Champions, em Lisboa, Milan e Cardiff, permitindo disputar e ganhar três Supercopa da Europa (2 contra o Sevilha, 1 com Manchester United).
Duas finais e dois títulos mundiais, contra San Lorenzo, da Argentina e Kashima Antlers (Japão), agora o Grêmio. Todas essas vitórias dão ao time branco o total de 26 tÍtulos internacionais: 12 Champions (recorde), 6 Mundiais de Clubes (recorde), 4 Supercopa da Europa, 2 Copas da Uefa e 2 Copas Latinas. História se faz com conquistas não com palavras.