Como publiquei semana passada, meu título de eleitor subiu no telhado. Não sei o que será dele, ficou por lá. Com certeza será a última vez que o usarei, se as coisas não mudarem. O ano vai começar na proxima semana. Enquanto isso o povo vai pras ruas que ninguém é de ferro. Precisam beber, gritar, mijar nas ruas, brigar, engarrafar todos os bairros da cidade. Tudo bem, nada contra. Como não gosto, não vou. Prefiro descansar na minha chácara, comprada com o suor derramado desde os 14 anos de idade, meu primeiro emprego com carteira assinada. Lá não é Passargada mas serei o amigo do rei, mesmo sem ter as mulheres que escolherei. E o tempo vai passando. E o futuro dos meus sobrinhos e sobrinhos/netos, meus amigos, o trabalhador que paga dezenas de impostos, como fica ? Vamos votar em ladrões, novamente, Juruna, Tiririca, Zezinho do Posto, ou vamos levar essa eleição – a última chance – a sério ? Esse pessoal que está na foto vai voltar às ruas ou bater panelas em condomínios de luxo, ou coberturas de frente ao mar ? Por via das dúvidas (é um clichê, mas foi o que arrumei de melhor) já tirei meu certificado de reservista (artilheiro, primeira classe) e vou pendurar uma bandeira do Brasil no meu carro. O que vier eu encaro. Mas seria ótimo poder contar com essa multidão que se reune em blocos, copa do mundo, parada gay (nada contra), etc.
