Não há necessidade de falar mais em seleção brasileira, até porque o campeonato nacional teve duas rodadas disputadas, voltamos ao feijão com arroz. Trocamos Hazard, Mbappe, Griezmann, Courtois, Modric, por Francisco Adriano, Otavio Arlindo, Thiago Josué e por aí afora. Junto com os nomes, cada vez mais complicados para os locutores, para nós, simples apreciadores do velho esporte bretão, não sobrou nada. Muito pelo contrário, assistimos a cada jogada um show de medíocres “atores” assustando amigos e familiares com as ridículas encenações a um simples pisão no pé. Pelo espalhafato da cena, fosse real, já teríamos enterrado uns 20 “craques” nessas duas rodadas pós-mundial. Além disso, é assustador o número de passes errados, “faltas” cometidas, chutes fora da meta, que tem 17,86 metros quadrados de área. Mesmo assim nossos mimados “craques” chutam por cima, na maioria das vezes, ou pra fora. Cada vez mais raras as defesas dos goleiros em chutes além da grande área, entre 17 e 25 metros. Coisa que Zico, Ronaldo Fenômeno, Romario, Bebeto, Claudio Adão, Nelinho, Ronaldinho, faziam de olhos fechados. É verdade que esses eram craques, não jogadores de mídia. Também é verdade que ganhamos três mundiais com Pelé, dois com ele e Garrincha, que teve intervalos de apenas 4 anos do primeiro (58) para o segundo (62), mais 8 para o tricampeonato (70). O maior intervalo entre títulos foi de 1970 – ocaso da geração de ouro – até 1994, 14 anos na fila, com prêmio de consolação para a seleção de 1982. O maior jejum foi estabelecido pelo time de Tite, não necessariamente o único responsável pelo fracasso, que estabeleceu a marca de 16 anos sem título. No pacote incluído o maior vexame do futebol brasileiro, os 7×1 contra a Alemanha e o dissabor de ter perdido a segunda copa do mundo em casa. Para onde caminha o futebol brasileiro ninguém sabe. Muita coisa precisa ser feita, e não está. Fico imaginando a chegada do VAR, em meio a tanta desorganização na CBF, que não controla nem a arbitragem virtual, uma zona total, falta de comando, sem critério, tentando controlar os “malandros” e “espertos” jogadores brasileiros, os piores em educação no planeta. Primeiro passo, acabar com a “cera”, que ninguém aguenta mais, e as “blitzes” nos apitadores. Culpa dos árbitros, jogadores e, principalmente, técnicos omissos que criticam quando os adversários fazem e viram as costas quando é o seu jogador. Pode ser um bom começo usar o cartão vermelho, no lugar de ficar “administrando” jogo, um procedimento tão antigo quanto inútil.