Terminou a copa para a seleção brasileira e o que mais me chamou atenção foi a resposta positiva dos torcedores, unânimes em todas as entrevistas que vi. Não houve quebra-quebra, chororô, aquelas idiotices a que nunca nos acostumamos. Havia um conformismo jamais visto por essas bandas. Sentimento de dever cumprido. Penso que os 7 a 1 contribuíram um pouco com esse comportamento. Mais que “engasgado” foi uma grande lição. Finalmente nos demos conta que não somos mais os reis do futebol, que ganhavam quando queriam. O futebol mudou. Essa postura foi mostrada pelos próprios torcedores, não é, necessariamente, uma opinião somente minha. Até os analistas foram mais comedidos. Não é hora de buscar culpados. Outras potências estão surgindo no futebol, como a Espanha em 2010, Bélgica e Croácia neste torneio. Essa transformação pode ser considerada pelo amadurecimento do torcedor, inserido politicamente, ligado em problemas mais importantes para o país que deixar de ganhar copa do mundo. Devemos a Tite muito dessa mudança, ao transmitir segurança, confiança, transparência e humildade para não se achar o “rei da cocada preta”, muito diferente de épocas passadas. “Ganhamos todos e perdemos todos”, simples assim. Não se pode cobrar ausências ou achar que o time não é bom. Muito menos que se entregou, deixou de buscar as vitórias. O Brasil é e será sempre seriíssimo candidato ao título. Procurar vilões não é o caminho, o bom senso prevaleceu, pela primeira vez numa derrota desse peso. Menos mal. Finalmente amadurecemos e lembramos que amanhã é outro dia, a vida segue e outubro nos espera. Aí sim, vamos mostrar ao mundo que não somos apenas o “país do futebol”. Vale lembrar que a copa da Rússia poderá ter um novo campeão do mundo numa final histórica: Belgica x Croácia ou França x Croácia. Como está bem claro que a Bola de Ouro não será de Cristiano Ronaldo, Messi ou Neymar, há novos candidatos, entre eles Mbappe, Griezmann, Courtois, Kane, Hazard, Modric, entre outros.
