FIFA CENSURA TRANSMISSÃO DA COPA

Foto: site brisbanetimes.com.au

Não encontrei nenhuma explicação da Fifa para a omissão da repetição do gol de David Villa, da Espanha, que deu a vitória sobre Portugal. Foi um lance difícil. Parecia que o atacante espanhol estava em posição ilegal. Esperei a repetição da geradora oficial da copa do mundo e não houve. Afinal, era um fato jornalístico, assistido por milhões de pessoas em todo o planeta, que queriam, como eu, tirar sua dúvida. A Fifa está interferindo onde não deve. E isso tem nome: censura. A entidade quer proibir que sejam mostrados os lances duvidosos, para manter sua posição, contra as mudanças. Isso é uma interferência muito grave.

Sabemos, isso a toda poderosa e milionária entidade se pronunciou, que está proibida a repetição dos lances polêmicos nos estádios. Tá, é razoável, mas por que deixaram antes, confiavam nos seus árbitros e proibiram depois daquele gol de Lampard, da Inglaterra, contra a Alemanha, que acabou tirando o time da rainha do mundial, o gol de Tevez, da Argentina, que eliminou o México. O cartola maior, Joseph Blatter pediu desculpas às duas Federações. Muito amável.

A Fifa e seus cartolas vão continuar lutando contra os moinhos, sozinhos. O mundo inteiro quer evitar novos absurdos, que remontam a 1966, quando a Inglaterra foi campeã do mundo pela primeira e única vez, com a ajuda de um lance polêmico, discutido até hoje. O gol inglês dessa vez entrou muito e foi anulado. O anterior bateu em cima da linha e valeu. Que jogo é esse ?

Quando os cidadãos que comandam o futebol vão se curvar diante desses e outros erros grosseiros ?.  Não bastou a presença da França – de triste memória, por sinal – que eliminou a Irlanda com um escandaloso gol de mão marcado por Thiery Henry ?. E dois gols mal anulados da seleção americana, em dois jogos diferentes ?

Quem quer ver jogo limpo, justiça nos resultados, não pede guizos na bola, pontos eletrônicos, câmeras espalhados em todos os cantos do gramado. Quer o razoável. Que os lances de gol, pelo menos, sejam mais bem controlados, para evitar erros que trazem prejuízos enormes a times, seleções e, o mais importante, ao torcedor, que paga para ver um jogo limpo. Até quando os cartolas vão bater pé ninguém sabe. Mas uma coisa é certa. Nos dá todo o direito de pensar em resultados arranjados. Principalmente na Copa do Mundo. Basta acompanhar a história dos mundiais.

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