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O presidente Josepp Blatter, que sempre se posicionou contrário à utilização da tecnologia no futebol, resolveu incluir esse tipo de ajuda depois da polêmica em torno do gol de Lampard, da Inglaterra, contra a Alemanha, nas oitavas de final da copa do mundo de 2010, na África do Sul. O lance ocorreu aos 38 minutos do primeiro tempo e os alemães venciam por 2×1. Lampard chutou de longe e a bola bateu dentro do gol de Neuer antes de sair. Jorge Larrionda, do Uruguai, não validou o gol.
O “Olho de Falcão”, fabricado na Inglaterra, baseado num complexo sistema de câmeras, muito conhecido no tênis, e o “Gol Ref”, que utiliza sensores magnéticos nos postes para detectar a bola, já foram testatos no Mundialito de Clubes, são dois dos quatro sistemas que serão avaliados. Mais dois concorrentes, fabricados na Alemanha, que já passaram por vários testes, serão aprovados pela Fifa para completar a relação dos candidatos a trabalhar na Copa do Mundo no Brasil.
Convém lembrar que qualquer sistema que vença a concorrência será utilizado apenas para decidir se a bola entrou totalmente – como determina a regra – ou não. O posicionamento dos Árbitros Auxiliares, lançado no Rio de Janeiro e aprovado pela Fifa, tem sido muito eficiente e não gerou nenhuma polêmica quanto à validade ou não de um gol. Portanto, mais barato, de fácil aplicação e eficiência comprovada. Além disso, esses aparelhos não acusariam a mão de Maradona, na copa de 1986, o gol de Thierry Henry, que usou a mão, e acabou eliminando a Irlanda do mundial de 2010, nem o gol de Tevez, em impedimento, que eliminou o México nas oitavas-de-final.
Caro Iata,
A respeito da matéria “FIFA Cede à Tecnologia” achei que você foi muito feliz ao lembrar que a ideia do árbitro de linha de fundo foi originada em terras brasileiras. Há muita resistência por parte da FIFA em aprovar medidas oriundas do nosso país. A exemplo disso, podemos lembrar do jato de espuma utilizado pelos árbitros para marcar distâncias entre a bola e a barreira. Salvo engano, acredito ser uma ideia brasileira. Talvez, o que pode estar faltando é credibilidade para a administração do futebol no Brasil. Parabéns. Abraço. Marcos Carvalho