EDU PENSA NA PRESIDÊNCIA DO AMÉRICA

O técnico Edu Coimbra viaja depois do carnaval ao  Iraque, onde vai analisar as condições de trabalho e decidir sobre o seu retorno à seleção iraquiana, onde trabalhou nas eliminatórias para a Copa do Mundo de 1986, no México, com Jorge Vieira, Carlos Alberto Lancetta e o irmão Antunes, na comissão técnica. Depois vai pensar na possível candidatura à presidência do América, na próxima eleição.

-É uma oportunidade que não se pode desprezar, mesmo com os problemas políticos que mexem constantemente com os países daquela região. Mas a seleção tem privilégios, é respeitada e treina ao Norte, sem nenhum risco. Não vejo porque não estudar essa possibilidade de disputar a Copa da Ásia, as eliminatórias e ter a oportunidade de dirigir um time na copa que será realizada no nosso país.

Edu esteve trabalhando como auxiliar-técnico do irmão Zico, no Kashima Antlers, seleção do Japão, Fernerbahçe, da Turquia, Buniodkor, do Uzbequistão, CSKA, da Russia e Olimpiakos, da Grécia. Foi técnico da seleção brasileira, em 1985, dirigindo o time em três partidas, depois de treinar o Vasco da Gama.

– Foi uma passagem marcante na primeira vez, ao lado de profissionais experientes e competentes, como Jorge Vieira, Lancetta e Zeca (o irmão Antunes). Classificamos o time para a copa do mundo, mas houve mudanças e acabamos saindo para a entrada do Evaristo, que dirigiu o time, no México.  É mais um desafio, e gosto deles. Nunca enfrentei moleza, nem quando jogava. Não vai ser diferente agora.

Eduardo Antunes Coimbra, maior jogador e ídolo do América, deixou recentemente o clube, onde pretendia realizar um trabalho de recuperação técnica. Mesmo sem receber nada, dedicou seu tempo com o objetivo de estruturar o departamento de futebol. Saiu para poder negociar com os iraquianos. Depois disso veio a estrondosa goleada de 9×0 imposta pelo Vasco da Gama, na Taça Guanabara.

– Infelizmente tive que deixar o clube, por razões profissionais, sem poder dar a contribuição que gostaria. A situação do clube é muito difícil, sem um patrocinador que possa dar suporte ao departamento de futebol. Aquela goleada foi um desastre e jogou por terra todo o planejamento. Aconteceram coisas estranhas, que precisam se apuradas. Não foi bem com algumas pessoas andaram falando. Aliás, sem nenhum suporte para tanto. Tenho uma vida dedicada ao clube, dentro do tempo disponível, tenho uma história com aquela camisa. Penso que é hora de fazer mais alguma coisa para devolver ao América seus tempos de glória. Dentro desse pensamento não está descartada a possibilidade de me candidatar à presidência do clube.

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