O Real Madrid, em que pese a fraca temporada na Liga Santander, mesmo liderando o campeonato, está sem doze jogadores do caríssimo elenco, fruto de compras mal efetuadas, inexplicavelmente, tratando-se de um dos mais importantes clubes em transações milionárias, nem sempre com resultados na mesma proporção. Menos mal que o campeonato está parado, respeitando a data Fifa. O líder da Liga está sem Courtois e Hazard (Bélgica), Benzema (França), Modric (Croácia), Alaba (Áustria), Jovic (Servia), Casemiro, afastado por uma infecção, Militão e Vinicius (Brasil), Valverde (Uruguai) e Miguel Gutiérrez e Camavinga para seleções sub-21 da Espanha e França, classificatória para a Eurocopa 2023. Pela segunda convocação consecutiva, nenhum jogador do Real Madrid foi chamado para a seleção principal da Espanha classificada para a final com a França, na Liga das Nações. Os últimos foram Isco, Asensio, Carvajal, Lucas Vázquez e Sergio Ramos. De todas as transferências efetuadas na janela de inverno, apenas Eduardo Camavinga, 18 anos, deu resultado, apesar da idade. Escalado como titular nas últimas três partidas, o menino nascido em Miconge, criado na França , aparece como principal compra, de muita personalidade e futebol refinado. Uma jóia rara, com certeza. O mesmo não se pode afirmar de Alaba, que até o momento não mostrou qualidade para substituir o ídolo Sergio Ramos, muito menos ser titular do Real Madrid e seu cobrador de faltas. Muito dinheiro para pouco futebol. Difícil para o líder merengue conviver com os últimos resultados e, principalmente, a mudança de patamar, iniciada com a saída de Cristiano Ronaldo, mesmo bem substituído, em parte, pelos gols de Benzema, jogador para qualquer eventualidade. Difícil é conviver com jogadores de resultado que jogam bem nas vitórias e desaparecem em jogos complicados ou quando sofrem o primeiro gol. Esse tipo existe em todos os países, até mesmo nos grandes clubes do país pentacampeão do mundo. Mais doloroso para a torcida merengue é saber que Vinicius Junior custou cerca de 160 milhões de reais e vem sendo encarado por parte da imprensa como salvação do time. Muito duro. Difícil, até mesmo para os mais jovens, ver esse ataque dos anos sessenta, quando o Real venceu seguidamente as cinco primeiras Liga dos Campeões, até hoje o único tetra e penta, entre as 13 conquistas. Canário (ex-America) Didi, Dí Stéfano, Puskas e Gento.