Nem
Não sei o que será do time dirigido por Luis Felipe Scolari, que ainda não tem um grupo definido, mas perto disto,nem uma equipe formada, apesar da boa vitória contra a Espanha, decidindo a Copa das Confederações. Tem, sim, uma boa defesa, mas o resto está por definir, além de Neymar. Tenho minhas dúvidas se o nível do atual campeonato brasileiro, de péssimo nível técnico e tático, poderá ter influência na seleção, penso que não, mas a gente não pode garantir
Nunca, desde 1971, primeira competição oficial, se viu uma competição tão ruim, de nível tão baixo, em todos os sentidos. Uma sequencia de erros absurdos, times de baixíssimo nível, incluindo os grandes do futebol brasileiro, principalmente no Rio onde apenas o Botafogo, com algum brilho intermitente, insiste em buscar uma vaga na Libertadores, já que o título está nas mãos do Cruzeiro desde a vigésima primeira rodada.
Onze pontos na frente do Grêmio, pelo futebol que vem apresentando, faltando onze rodadas, bastará empatar todos os jogos e mandar gravar o nome na taça, o que já poderia ter sido feito pela CBF, em tese. Visto no primeiro turno como o campeonato dos veteranos, o tempo encarregou-se de provar que não é bem assim, alguma coisa precisa mudar em se falando de calendário. Não se permite mais jogar duas vezes por semana com viagens longas, deslocamentos constantes, distâncias que prejudicam o trabalho dos preparadores físicos.
Não há tempo para esforço, repouso e alimentação, tripé básico para a manutenção da forma num período tão longo. Com muitos anos de atraso, alguns jogadores se reuniram para desenvolver o Bom Senso F.C. , uma nova versão do Clube dos Treze com algumas mudanças. O ideal será pensar numa Liga Nacional para tentar recrutar um grupo significativo, não apenas quinze ou vinte jogadores num universo de dois milhões.
A idéia foi lutar contra o calendário nacional, único no mundo. Difícil aceitar que o resto do planeta está errado. Enquanto o público nos estádios cai a números assustadores, na mesma proporção a venda de Pay Per View aumenta e ultrapassa os quarenta milhões em todo o País. O STJD fecha as arenas e o torcedor fica em casa, num conjunto, acidental, creio, de medidas que beneficiam a TV que detém os direitos de transmissão.
As arbitragens não evoluem, os vícios são os mesmos, ninguém muda nada. Mais importante que aplicar a regra do jogo está “administrar” seu desenrolar para acabar tudo bem, em paz, sem interferir na grade de programação da televisão. Que venha a Liga, que as coisas mudem, se não …