O jornalista
Serginho, como é carinhosamente chamado pelos colegas de trabalho e amigos, é uma figura doce, tranquila, sossegada. Separado de Fortaleza aos 14 anos, saiu de sua cidade mas ela não saiu dele. Deixou o seu Ceará para morar no Canadá para onde seu pai, funcionário público federal, foi transferido. Chegou ao Rio em março de 1964, um mes antes da queda do Governo João Goulart.
Em sua obra, o experiente repórter destaca algumas matérias nas quais esteve envolvido, como a prisão do assaltante do trem pagador, o inglês Ronald Biggs e na área esportiva atuou no famoso “Manifesto de Glasgow”, no qual os jogadores de seleção brasileira resolveram romper com a imprensa que estava cobrindo a excursão que se estendeu por nove países. Sergio fala também de sua passagem obrigatória servindo ao Exército, no Forte Tamandaré da Lage, e de sua paixão de infância em Fortaleza, o time do América local, de seus ídolos Mourãozinho e Fernandinho. De privilegiada memória, Sergio Leitão escreveu “Maracanã, da tragédia à gloria”, que lhe custou uma ressalva de Zizinho que perguntou “que tragédia” ?. Muitos momentos marcantes do maior estádio do mundo são narrados com detalhes impressionantes das partidas por ele assistidas, quase todas do Flamengo.
Sergio não vai parar por aqui e já está concluindo sua terceira obra, “A família Xavier”, contando passagens de sua adolescência com os amigos da Praça Xavier de Brito, na Tijuca.