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– Não pensei em abandonar o campo, mas isso me machuca. E não é só no Bernabéu, mas em todos os campos onde vamos jogar. Há um movimento contra isso, mas continua acontecendo, é uma pena. No jogo há momentos bons e ruins porém o torcedor que vai ao estádio deve incentivar sua equipe, desfrutar, mas nesse país há uma guerra contra o racismo que será derrotada se não tomarem medidas drásticas.
Daniel reclama das manifestações racistas, sem citar detalhes, mas não esconde sua revolta contra a postura de alguns torcedores que vão a campo para se manifestar contra ele e outros jogadores.
– Estou ha 10 anos na Espanha e essas coisas continuam acontecendo. O (Santiago) Bernabéu não é o estádio onde mais me sinto agredido, há outros piores. Isso acontece, em geral, em toda a Espanha. Já passei por isso em Sevilha e enquanto não se tomar medidas não mudará nada.
O lateral brasileiro aponta medidas que poderiam minimizar esse tipo de manifestação, caso as autoridades espanholas resolvam punir com severidade.
– Tem que punir os clubes e as equipes. Não com mil, dois mil euros, que para clubes ricos não significa nada. Tem que ser coisa mais pesada, dar exemplo, como na Inglaterra. Lá as punições são duras mas tem que ser vistas no sentido de melhorar. A educação nos campos de futebol não existe.
Sobre o jogo, considerado violento por alguns torcedores do Barcelona, Daniel Alves não faz parte desse grupo. Analisa separadamente as participações de Arbeloa e Xabi Alonso
– Não valorizo esse tipo de coisa. O que eles fizeram não é de agora, isso acontece há muito tempo, mas o que se passa em campo morre ali, seja qual for a natureza dos fatos. Se há problemas a gente tenta contornar, sem nenhuma intenção de machucar.