Gostaria de sentar ao computador para falar do Centro de Treinamento do Flamengo com oito campos de futebol, hotel para os jogadores, alojamentos para todas as categorias de base, infraestrutura de primeiro mundo, sala de musculação e recuperação, equipe multidisciplinar formada por funcionarios do clube, não dispensada como foi feito recentemente, envolvendo profissionais do mais alto nivel. Se não davam horário integral é porque não tinham um salário que lhes permitisse dedicação total. Mas não posso. E sei que a culpa não é dela.
“Finalmente Ronaldinho estreou”, eu disse domingo no programa Bola em Jogo, na rádio Tupi, analisando a boa – nada de espetacular, mas a melhor – partida do camisa 10 da Gávea. Que saudade do antigo dono dela. Será que foi tão sensacional assim, por que nenhum jornal europeu destacou essa atuação, será que estamos tão carentes de grandes jogadores ? Penso que sim. Faltam grandes times. O próprio Flamengo é razoável, nada de espetacular. Mas é o que tem , vamos com esse. Pode ser até campeão brasileiro. Pode. Mas não é um baita time.
Tenho grande admiração pelo futebol fabuloso de Ronaldinho, do Barcelona. Sei que ele nunca mais vai jogar tudo aquilo, por razões óbvias. Primeiro é impossível qualquer atleta, em qualquer esporte, manter aquela pérformance por tanto tempo. Isso é um fato concreto. Segundo porque ele jogava ao lado de grandes craques, aqueles que começavam a formar o melhor time do mundo, quando Messi atingiu o ápice da forma física e técnica. As diferenças são grandes.
Portanto, presidenta, há problemas maiores para a senhora resolver no Flamengo e é absolutamente desnecessário enumerá-los porque tanto a senhora quanto torcedores e “críticos” conhecem perfeitamente. Há muito que se trabalhar, se a senhora quiser deixar o cargo tendo feito alguma coisa para mudar uma política devastadora implatada a muitos anos na Gávea. Aproveito para lhe aconselhar a ver o jogo na tribuna, lugar reservado às autoridades, ao invés de procurar espaço no gramado para divulgar sua presença. Quebre alguns tabus que nada acrescentaram ao clube. Nem ao futebol do Rio.
Deixe de se preocupar com os críticos. Eles são importantes, enquanto saudáveis. Problemas pessoais, campanha dirigida, esqueça. A essa gente dê o desprezo. Não somam nada e os torcedores os conhecem bem. Faça o que tem a fazer e terá o reconhecimento da grande nação rubro-negra. Comemore cada passo dado, cada vitória, cada título. E seu nome entrará para a história do mais querido do país.
Olá, Iata, gostei imensamente de seu blog, apesar de eu não ser rubro-negro, mas que negócio é esse de “presidenta”. Até você? Deixa isso só para a Voz do Brasil…
Saudações cruzmanltinas.