COISAS ESTRANHAS ESTÃO ACONTECENDO

Com uma boa dose de ressalva, vou falar sobre três assuntos delicados que incomodam o torcedor. Primeiro porque estão transformando o futebol numa coisa, num esporte, entretenimento, como queiram definir, em algo previsível.A saída do técnico Vagner Mancini, do Vasco, após derrota para o Americano, em São Januário, na verdade, não pode ser considera uma aberração. Faz parte da “cultura” do futebol brasileiro. Mas a derrota anterior, para Olaria, de quem não perdia há 39 anos, é sintomática. Somando ao empate contra o ASA e a derrota para o Flamengo ta bom, é um classico, mas tudo isso em seguida é uma forte razão para derrubar até Vanderley Luxemburgo. Alguém pode alegar que o time é fraco. Ora, é quase o mesmo  que foi campeão da segunda divisão, onde o Vasco enfrentou muitos olarias e americanos. Ou com o técnico anterior nada disso teria acontecido ?.  Sei não. Já ouvi boatos, pelos corredores do Maracanã, que parte do grupo não estava satisfeita com Mancini e alguns não estariam se “esforçando muito”. Traduzindo, certos jogadores, na linguagem clara, derrubaram o treinador. Sei que isso acontece e conheço vários casos. Sinceramente não acredito que isso tenha acontecido no Vasco. Há jogadores muito fracos, isso sim, que não podem vestir aquela camisa. Isso eu concordo.

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O trabalho do Presidente da Comissão de Arbitragem da FERJ, Jorge Rabello, tem sido, por mim, elogiado nesta coluna, no Bola em Jogo, aos domingos na Super Rádio Tupi, em qualquer lugar onde houver uma discussão. Porque conheço o trabalho que se faz nesse setor, que andou muito tempo largado, abandonado e,pior de tudo, totalmente desacreditado. Hoje os erros são comuns a todos que têm essa função medonha que é apitar um jogo. São humanos e assim erram. Entretanto, tenho ouvido queixas de alguns treinadores de times pequenos, quando enfrentam os grandes. “Há um esquema montado para os quatro grandes fazerem as finais”, disse-me um técnico depois de completada a sexta rodada, na quinta-feira. Não acredito, e já disse isso várias vezes, em “esquema”. Há sim, uma tendência, ranço, vício antigo, desde os tempos dos “tele-árbitros”, em marcar determinadas faltas contra os pequenos que não são marcadas contra os grandes.Daí a falar em esquema, repito, há uma distância enorme

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Juntando a tudo isso as transmissões pela televisão, pode-se concluir porque os campos estão esvaziando cada vez mais. Em casa, basta tirar o som e ficar com a imagem e o radinho ligado. As narrações, os comentários sobre arbitragem e apreocupação em agradar os torcedores dos grandes clubes ou “da praça” tornaram as transmissões pela televisão uma coisa insuportável.

PUBLICADO NA COLUNA DOIS TOQUES – JORNAL DOS SPORTS (27-03-10)

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