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Foi criado em 1699, na Louisiana pelos colonizadores franceses. Durante o Mardi Gras, cerca de 60 grupos realizam desfiles pelas ruas da cidade e os bares lotados registram a maior venda de bebidas do País. O principal centro de concentração dos negros é na avenida Clair Borne. As fantasias se resumem a máscaras de gesso e colares de continhas. O Rei Zulu representa o soberano da festa (tipo Rei Momo) e termina na terça-feira, quando se inicia a Quaresma. Durante muitos anos era tradição a nudez feminina. As estudantes mostravam os seios, na sacada das casas, e os homens jogavam colares em troca. Mas a polícia proibiu essa prática faz algum tempo. Há muitas brigas e a polícia se infiltra nos blocos, para prender alguns turistas de outros estados (as leis são diferentes) que insistem em mostrar os órgãos genitais. Esses vão presos porem as cassetadas continuam até a festa terminar.
Culturas e tradições diferentes, pelo menos os nossos amigos da América estão livres das transmissões pela TV, um horror que nos impõem através do monopólio. Até quando isso ? Dois acidentes graves marcaram o carnaval deste ano no Sambódromo. Poderiam ser evitados, mas o “jeitinho” não deixou. No primeiro, mostrado por mim em 1984, na TV Manchete, falei da quantidade de “amigos” e “sobrinhos” na pista, onde deveriam ser credenciados apenas profissionais, em atividade. O segundo, disseram os peritos, por uso indevido de material velho. Não sei, mas posso garantir que se houvesse fiscalização decente ambos poderiam ser evitados. Uma sugestão para a Liesa, as Escolas de Samba e a própria TV. Orientar que os “desfilantes” – como ouvi na transmissão – se preocupem em fazer a sua parte e deixem os câmeras trabalhar em paz. Foi a coisa mais chata dos desfiles. Um contraste com a cereja do bolo que foi o magnífico desfile de Ivete Sangalo, no Sábado. Um show como há muito não se via por aquelas bandas. Que mulher é aquela. Nota 10.