BOA SHEIK

Quando o deputado Roberto Jefferson denunciou o escândalo do mensalão eu pensei, falei, escrevi, discuti, pedi alguém com a mesma disposição, no futebol. Não discuto o mérito, mas as consequências. Admiro quem contesta, declara sua revolta, se indigna. E o futebol precisa sofrer uma CPI rigorosa, séria, honesta, para mudar. Não há outra saída.

A seleção da CBF/TV corre o risco de escrever o último capitulo de seus decepcionantes resultados, ficando fora da copa do mundo. Como nunca havia levado de 7, tudo é possível. Não pensem que será fácil passar pelas eliminatórias, contra Argentina, Uruguai, Colombia, Chile, a altitude da Bolivia e a força física do Equador. É só o que falta para fechar o ciclo negativo. O Sheik gritou, desabafou, falou o que todos nós queríamos ouvir mas será seriamente punido, não tenham nenhuma dúvida disso. Será apenado com o máximo rigor, para que sirva de exemplo.

Não se pode contrariar a tropa que comanda o futebol. Eles podem tudo, quem faz o espetáculo, os artistas, nada. Tem que ficar calado, jogar a cada três dias, nos horários determinados pela televisão, aturar o nível de arbitragem que estamos vendo a cada rodada e a imprensa tem que trabalhar de acordo com a cartilha que a televisão impõe e todos endossam. Melhor seria que o Sheik resolvesse escrever um livro contando um pouco do que viu nos bastidores. Ah, como seria bom.

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