Bastou
São três jogos seguidos com duas derrotas – Chelsea e Real Madrid – e um empate, em uma semana. E daí ? Qual é o problema, como gosta de perguntar Gerson, o eterno canhotinha de ouro. É uma fase que precisa ser bem observada para que Pep Guardiola possa descobrir as falhas, os problemas que estão atrapalhando o time. As bolas não estão entrando com a mesma facilidade e a trave tem jogado contra. São sinais característicos de má fase.
Nunca existiu, não existe nem vai existir em futebol nenhum time imbatível. Isso pode acontecer em outros esportes, por um longo período, como o dream team de basquete dos Estados Unidos que ganhou a medalha de ouro em Barcelona, em 1992, derrotando todos os adversários fazendo mais de 100 pontos (o maior placar foi contra o Brasil 127×83, na primeira fase) e diferença acima de 34 pontos.
Em futebol é diferente. Há uma série de envolvimentos, são onze jogadores, não cinco, o que torna o trabalho do técnico mais complicado. Nunca foi possível reunir, num time de futebol, tantos jogadores do mesmo nível técnico como Michael Jordan, Scottie Pippen, Patrick Ewin, Larry Bird, Clyde Drexter, Karl Malone, John Stockton, Charles Barkley, Magic Johnson e David Robinson.
Seria como juntar Messi, Cristiano Ronaldo, Neymar, Casillas, Thiago Silva, Marcelo, Xavi, Iniesta, Özil, Rooney, Ribéry, Robben, Scweinsteiger e outros e desse treino. Seria imbatível, mas como reunir essa gente toda numa só camisa ? Não foi que aconteceu com o Barcelona. Messi sobra, tem coadjuvantes excepcionais, a “fabrica” não para de produzir e o técnico tem o grupo nas mãos. E saiu ganhando tudo, dando espetáculos. Provou que pode ganhar e jogar bonito, um tabu tão velho quando a bola.
Pode acontecer, eventualmente, um desgaste físico, fastio de futebol, sequência de títulos que pode provocar desmotivação e a queda de produção individual que acarreta sobrecarga para o grupo. Fora isso, vão especular, encontrar defeitos nesse que é um dos três maiores times de futebol de todos os tempos. Pode-se comparar ao Santos de Pelé o Ajax, de Crujff e ao Real Madrid de Puskas e Di Stéfano, sem nenhum favor. Você escolhe o melhor de todos.