Literalmente
Honestamente, se me fosse perguntado quem fabrica a tal bola, num daqueles programas que oferecem milhões, eu perderia a fortuna. Não sei, nem me interessa. Até porque não venho criticando a tal empresa, mas quem aceita esse absurdo. Mas entendo e acho que rola muita coisa que a gente desconhece. Então, vai ficar assim mesmo. Mas vou continuar falando, até que “eles cortem minha garganta”, lembrando Maiakóviski.
Num passado recente a bola era – e deveria continuar sendo – a coisa mais importante de uma partida de futebol, óbvio. Sem ela não há jogo. Nas peladas de rua, condomínios ou calçadas a gente pode substituí-la, em jogos oficiais não. Hoje a bola é um detalhe. O que importa é ganhar dinheiro, mais nada. O que faz a grande imprensa, que não grita, cala e consente esse absurdo ? Talvez um bom contrato de publicidade.
Estão vendendo a alma. Pago para ver futebol na televisão e tenho um péssimo serviço. Narrações horrorosas, “comentaristas” despreparados, totalmente alienados, politicamente corretos, não dá para ouvir. Quanto a isso tenho uma solução. Tiro o som e faço minhas avaliações. Não me chateia e ainda faço um exercício crítico do que assisto. E quando não vejo a bola, como no gol de Alex, do Coritiba, e Fluminense x Portuguesa, o que faço ?
Fico imaginando, torcendo até, para que um jogador, e o Ricardo Berna foi traído por aquela bola no primeiro gol da Portuguesa, se manifeste. Qual o que. Dá a impressão que eles também estão orientados no sentido de não fazer críticas, silenciar. Ninguém melhor que um goleiro para comentar o assunto. Muito estranho esse silencio. Depois reclamam que o público está fugindo dos estádios.