A Desde 2010, milhares de ex-jogadores fizeram o exame durante os eventos da entidade pelo Brasil a fora e centenas tiveram resultado positivo para a doença. A boa notícia é que grande parte desse contingente passou por tratamento e teve a doença negativada. Contudo, ainda há um universo de ex-atletas com hepatite C que ainda não sabe que está doente. Segundo a Organização Mundial da Saúde, no mundo cerca de 200 milhões de pessoas estão infectadas pelo vírus da hepatite. Dados do ministério indicam que há cerca de 1,5 milhão de brasileiros infectados pelo vírus da hepatite C, responsável por 70% das hepatites crônicas, 40% dos casos de cirrose e 60% dos cânceres primários de fígado. Da infecção até a fase da cirrose hepática, a doença pode passar despercebida por até 30 anos. O fato de tantos ex-atletas estarem com hepatite C se deve à forma de serem tratados na época em que atuavam quando era comum a utilização de seringas de vidro mal esterilizadas na aplicação de medicamentos. Os jogadores de futebol foram vítimas desta prática não só para aplicação de vitamínicos e estimulantes, como também para as famosas infiltrações de corticóide para conter as dores articulares, fruto do desgaste. Em dois anos, a FAAP, por meio de suas Associações de Garantia ao Atleta Profissional (AGAP), realizou centenas de ação para mobilização da categoria. Palestras, seminários, jogos amistosos e reuniões nos clubes de futebol atraíram atletas e ex-atletas para o exame. O Sistema realizou o teste em mais de 1,5 mil atletas. Cerca de 400 tiveram resultado positivo para a doença e são assistidos pela entidade. “O tratamento para a hepatite C é disponibilizado pelo governo, mas o doente carece de cuidados adicionais. No caso de ex-atletas, muitos vivem no interior e necessitam de transporte para se deslocarem até os centros de tratamento e ainda de estadia e alimentação balanceada para suportar a grande carga de remédios. A FAAP proporciona esse suporte, inclusive, com apoio psicológico estendido aos familiares”, explica o presidente da FAAP, Wilson Piazza ressaltando que a entidade continua com a campanha de alerta para alcançar aqueles que ainda não fizeram o exame. Dos ex-atletas que contam com apoio do sistema, alguns já negativaram a doença, a exemplo de Dinaldo Gomes, Rubens Santos e Manoel Messias, entre tantos que recebem apoio da AGAP/Sergipe. Contudo, vários outros precisam refazer o tratamento porque não obtiveram êxito e necessitam de medicamentos diferenciados, como é o caso de inúmeros ex-atletas da Bahia. A campanha da FAAP conta com a participação de ídolos do futebol mundial Jairzinho, Félix, Paulo Cesar Caju, Carlos Alberto Torres e Dadá Maravilha que junto com Piazza engrossam o time de alerta. Botafogo e vários outros times vestiram a camisa da campanha. No próximo domingo, 29 de julho, no Estádio Pituaçu, está prevista ação durante o jogo entre Bahia e Corinthians com o objetivo de conscientizar a população para a importância do exame.
NOVOS MEDICAMENTOS O Ministério da Saúde comunicou, na tarde desta quarta-feira (25), que o SUS vai distribuir dois novos medicamentos, o telaprevir o boceprevir que apresentam taxa de eficácia de 80% – o dobro do sucesso obtido com a estratégia convencional utilizada atualmente, que dura de 48 a 72 semanas. “Não tenho dúvida alguma de que estamos dando um passo bastante decisivo para o tratamento das hepatites”, disse. “Estamos possibilitando, para um conjunto dos brasileiros assistidos pelo SUS, a oportunidade de receber aquilo que há de melhor em relação ao tratamento para as hepatites virais”, completou. Assim que a incorporação dos remédios for publicada no Diário Oficial da União, a rede pública terá prazo de 180 dias para iniciar a distribuição aos pacientes. A previsão é que os remédios estejam disponíveis no SUS no início de 2013. Maiores informações: |
Dida Brasil
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