SELEÇÃO DE MANO DESPENCA NO RANKING

O MAIOR DE TODOS OS CAPITÃES ERGUE A JULES RIMET PELA ÚLTIMA VEZ NUM ESTÁDIO

 Não acredito em nada que a Fifa ponha sua assinatura. Depois de ler os livros “Como eles roubaram o jogo” “Jogo sujo”, nunca mais acreditei numa só palavra vinda da chamada entidade máxima. Muito menos do senhor Blatter, da mesma linha de Ricardo Teixeira e outros que insistem em se manter no poder, enquanto uma enxurrada de denúncias pipoca de todos os cantos do mundo.

Com tudo isso, não posso desprezar o ranking por ela divulgado a cada mês, até porque quando a seleção brasileira liderava a gente dava grande cobertura. Agora, que o time dirigido por Mano Menezes está em sexto lugar a grande imprensa – não sei como definir quem é grande e quem não é – dá pouca importância aos números. É assim, minimizar as derrotas para parecer que está tudo bem. Nisso a “grande mídia” dá show.

Volto a esse assunto não por preocupação com o que possa acontecer na copa do mundo, um evento puramente comercial. Foi-se o tempo em que a seleção brasileira mobilizava o país, como em 1958 quando eu era menino e comemorei na rua Miguel Lemos o primeiro título mundial, na Suécia. Tempos bons aqueles. Foi quando ouvi, pela primeira vez, numa padaria, o português da caixa dizer que havia um jogador melhor que o Dida, para me sacanear.

Não podia acreditar naquilo e voltei pra casa azedo com aquela gozação que, junto com a sacanagem carregava uma grande dose de profecia à qual tive que ceder com o passar do tempo. E assim, depois daqueles dias, o futebol nunca mais foi o mesmo. Pelo menos para a seleção brasileira, aquela sim, do povo, até a conquista definitiva da taça Jules Rimet, em 1970, quando o mundo se curvou ao melhor time de futebol já visto.

Os outros títulos foram circunstanciais, pelo menos para o meu gosto. Passei a ver futebol de outra maneira, até se desfazer o grande time do Flamengo, liderado por Zico. O amadurecimento profissional me fez optar se continuaria torcedor ou exerceria meu trabalho como deveria ser, para  quem trabalha na mídia esportiva. Torcer, sim, distorcer jamais. A qualquer preço. Assim tenho feito e me sinto feliz.

Assim encaro essa posição da seleção da CBF, que já perdeu muito tempo com experiências e nada está definido. Mano Menezes assumiu o cargo no dia 24 de julho de 2010 e, aparentemente, avaliando-se os resultados de campo, não avançou em nada. A não ser que o treinador seja um grande estrategista ou mágico, para esconder uma fórmula que ninguém consegue ver.

Enquanto muita gente lamenta o fato da seleção só jogar “a final no Maracanã”, é bom não contar muito com essa possibilidade. Pode haver um tropeço no meio do caminho, pelo que estamos vendo até agora. Já perdemos 16 meses e nada está definido, pelo menos a curto prazo. Pode ser que Mano Menezes tenha a fórmula mágica para levar o time até ao Rio e decidir o título, que nos fugiu em 1950. Mas posso garantir que só com Neymar não vai conseguir.

2 thoughts on “SELEÇÃO DE MANO DESPENCA NO RANKING

  1. Amigão. Estou ansioso por receber a sua informação a respeito do comentário que fiz através deste espaço, já que não tenho o seu e-mail.
    Sou veterano, aposentado do meio radiofônico, moro em BH e não vejo o Iata há trinta anos.
    A foto acima é atual e não dá para que eu possa discernir se é ele ou não. Quano o conheci ele era muito jovem.
    Só responda se vc é o Iata que foi da Globo ou não.
    Creia, não se trata de gozação ou coisa assim, pois eu jamais faria humor negro ou brincaria com qualquer pessoa dessa forma.
    Se não se dispuser a remeter-me um e-mail, respeito, por favor, dê uma dica na próxima postagem tipo, “aqui estou eu, mais vivo do que nunca” ou coisa assim. Preciso desfazer o boato que corre entre alguns profissionais da mídia mineira e que me incomodou muito porque eu gostava e gosto demais do Iata tanto como profissional ou como pessoa. Abs Alcides

  2. Caro Alcides, “sou eu mesmo”, felizmente, trabalhando com o que gosto, curtindo o futebol como diversão e lazer. Obrigado pelo carinho e preocupação, mas sigo “mais vivo que nunca. Grande abraço.

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