OUVIRAM DO IPIRANGA

Há coisas que marcam, até mesmo uma piada. Diz a lenda que um jogador famoso, de grande clube do Rio, seleção, cracaço, mas pouco ligado aos assuntos extra-campo, não resistia a uma palestra mais apurada. Pois bem, nosso herói foi dar uma entrevista, que incluía um pedido musical (hoje muito copiado). “Quero ouvir o “Virundum”, disse o bravo lateral. Pânico no estúdio, ninguém conhecia a tal canção. O comunicador pediu, desesperado, uma palinha, cantor, compositor, o que fosse. O convidado, vendo o desespero na emissora resolveu cantar o tal sucesso. Pediu um DÓ (bem apropriado) e mandou: ‘O VIRUNDUM IPIRANGA AS MARGENS PLÁCIDAS … “. Tudo bem, vale até para relaxar, o que não se pode mais admitir é a falta de respeito das grandes torcidas (sem exceção) e a banalização do HINO NACIONAL. Culparam a Lei que obriga a execução antes dos jogos. Claro, fazemos a média com o torcedor, culpamos o autor do projeto, simples. Em TODOS os países do mundo o hino é executado e respeitado. Nos USA é uma festa cada vez que soa o belíssimo “Star Spangled Banner”. Fiquei chocado, uma vez mais, agora com a torcida do São Paulo, antes do jogo contra o Vasco, no Morumbi. Além do desrespeito ao símbolo nacional, cantando para abafar o som do hino, a postura dos jogadores, uma vergonha, inclusive Diego Souza, convocado recente para seleção brasileira. Continuou aquecendo – ele e mais três – como se nada estivesse acontecendo. Na seleção não fez isso. Alguém precisa, já que a CBF “anda” solenemente para o caso, tomar uma providência. Antes de Atlético x Internacional, mais três jogadores do Galo repetiram (só copiam coisas ruins) o mesmo movimento lateral, preocupados, quem sabe, em manter o aquecimento (kkk), agravado por Luan, que chegou a fazer flexão de tronco enquanto o hino era executado. Alienados, jogadores e torcedores, há exceções, claro, dá para fazer uma projeção do quem vem por aí em outubro, quando estará em jogo, nas urnas, o futuro do País. É preocupante porém esperado, analisando os últimos resultados do Brasil no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa, em inglês), divulgados recentemente, apontando uma queda de pontuação em ciências (63ª posição), leitura (59ª posição) e matemática (66ª posição). Coordenada pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a prova foi aplicada em 2015 em 70 países e acontece a cada três anos. Portanto, nada novo enquanto esse fenômeno ganha força, sob as vistas de uma imprensa passiva, comprometida, que nada faz. A luta pela liderança nas estatísticas e os milionários espaços comerciais são mais importantes que o futuro da nação. Podem vaiar até “minuto de silêncio”, como fazem, que estará tudo bem. Apostam na alienação e assim a liderança na audiência estará garantida por décadas. O povo é bobo, sim.

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