O NOVO REI DO FUTEBOL

Calma, ainda não. Não sou daqueles que gostam de comparações, até porque elas tendem a cometer injustiças. Mas não exagero ao dizer que o argentino Messi é o melhor jogador do mundo. Escrevi isso há três anos numa coluna publicada no Jornal dos Sports.  Quando comparado a Maradona, Pelé, o verdadeiro Rei do Futebol,  dizia que para ser nivelar a ele o argentino teria que ganhar, entre outras coisas, três copas do mundo, o que só ele conseguiu e talvez nenhum outro jogador conseguirá.

Messi é acima da média, nenhuma novidade. Talvez chegue mais perto de Pelé que qualquer outro jogador. Isso, somente o tempo vai determinar, dependendo da historia que ele escrever em campo. Por enquanto a tendência é essa. Seria injustiça, com ele, fazer qualquer comparação com o maior jogador de todos os tempos que, com a idade do atacante do Barcelona era tetra campeão mundial. Duas vezes com a seleção brasileira, duas com o Santos.

Os tempos mudaram e Messi terá muito mais divulgação, o que será favorável. Seus feitos serão vistos por mais gente. Muito mais. Não é justo, no momento, fazer comparações com o brasileiro. Há uma tendência a comparar os dois argentinos, o que parece razoável. Mesmo assim, Maradona leva vantagem porque sua história está escrita, Messi está escrevendo a dele. Daí o perigo das comparações, particularmente as condições atuais em relação às do passado.

Messi é fantástico, como foi Maradona. Pode encerrar a carreira sem ganhar uma copa do mundo, o que em nada desmerece sua genialidade. Há quem use esse argumento tolo, sem nenhuma sustentação. Seria como questionar Di Stéfano, Puskas, Eusébio, Yashim, Zizinho, Cruyiff, Zico e tantos outros monstros sagrados do futebol mundial. Esse tipo de argumento é muito pobre.

Dizer que o atacante do Barcelona não joga na seleção o que faz no seu time é outra tolice. Evidente que há uma séria de fatores que impedem isso. Posicionamento em campo talvez seja o maior problema. Companheiros de time, sistema de jogo, tempo de convívio com o grupo, disposição tática da equipe e o entrosamento quase perfeito do time catalão pelo tempo que joga junto são fundamentais. Se fosse espanhol, com certeza teria sido campeão mundial. Mas isso é questão de tempo.

Não sei como será a decisão da Champions, entre Barcelona e Manchester, mas uma coisa é certa. Independente do que fizer em campo, com certeza não será pouco, nenhum jogador fez mais que Lionel Messi na temporada que está se encerrando na Europa.  Foi o destaque do futebol mundial, será eleito, com sobras, o craque do ano, mais uma vez. Com justiça, porque nada é mais encantador que vê-lo jogar. Maradona e Messi são fantásticos. Quem é o melhor é questão de tempo. Por enquanto a coroa de vice-rei está com Don Diego.

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