O NIVEL DA IMPRENSA CHEGOU AO PONTO ZERO

Eu tinha me prometido não falar mais nesse assunto. Não resisti, depois do que vi, li e ouvi nos últimos cinco dias. Impossível calar-me diante de tanta insensatez, desonestidade e falta de profissionalismo dessa gente que escreve e fala sobre futebol. Minha revolta é contra os “inimigos” de Rogério Ceni. Inimigos que nem o conhecem. Gratuitos, portanto. Esses são os piores, os mais perigosos.

Não discuto as duas falhas contra o Corinthians e o Botafogo. Errou, sim, o melhor goleiro em atividade no Brasil. E assumiu, ao deixar o campo, o que não é novidade. Como seus detratores, não conheço pessoalmente o grande profissional do São Paulo, reconhecidamente um atleta exemplar. Aplicado e consciente, fez sua  carreira com o esforço do trabalho que o levou à condição que ostente hoje.

Isso incomoda, é sabido. Ninguém pode ter sucesso nesse país que sofrerá todo o tipo de perseguição. Só por isso. A fama tem seu preço que as vezes é muito caro. Rogerio Ceni está pagando por isso. A ele é dado o mesmo espaço que aqueles aproveitadores da noite, em contato com traficantes, frequentemente envolvidos em orgias e noitadas infelizes quase sempre mal-sucedidas.

Incrível como o tratamento é desigual para um profissional competente, modelo, exemplo para as gerações mais recentes, desacostumadas com referencias saudáveis. Lembro do recente massacre sofrido pelo goleiro/artilheiro recordista mundial, do São Paulo e vem à mente a figura de Barbosa, um dos maiores goleiros do futebol brasileiro, que foi condenado até o último dia de vida, por ter sofrido o gol da vitória do Uruguai, em 1950.

Necessariamente teria que ser assim ? Não ! Rogerio Ceni é um dos maiores goleiros do Brasil, em todos os tempos. Seus feitos impressionam, sua biografia é impecável. Os números falam por ele, que não deveria estar dando explicações sobre suas falhas. Quem nunca falhou não tem um coração batendo no peito. E os robôs não jogam bola, ainda.

Se o problema é bairrismo,  pior ainda. Abomino esse tipo de gente, detesto essa postura. Há um indício gritante de aversão ao vencedor, em todas as atividades. Ganha formas assustadoras uma criatura travestida de inveja ou qualquer outro sentimento parecido.  Parece saída das trevas para assustar as criancinhas, como nos tempos sombrios de Jack, o Estripador. Cruz credo.

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