O FENÔMENO RONALDO

Foto Veloso

Bastou uma partida para que não restasse nenhuma dúvida quanto as qualidades de Ronaldo. Sim, andaram duvidando do seu futebol. Melhor ainda que foi no Rio, contra o Flamengo. Meia dúzia de pseudo-comentaristas profissionais deve ter passado maus momentos durante o jogo. Essa gente torce contra, detesta o craque, trabalha com futebol contrariada. Fazem parte da Tropa de Elite, aquele grupinho que o coronel Nascimento corre atrás.

Aos 33 anos, o “gordo” mostrou que ainda é o melhor do mundo na posição. Pena estar bastante fora de forma, independente da idade. O tempo é o seu melhor marcador. Os outros ele atropela, dribla, tem que ser parado com falta, a qualquer custo. Sua técnica é insuperável. Dificilmente haverá outro igual.

Foi maravilhoso rever Ronaldo jogando. Dá prazer comparando com os caneleiros que habitam os gramados brasileiros ultimamente. Sempre fica a esperança de seu retorno, em forma. Claro, nunca mais será o mesmo da copa de 2002, na Alemanha, mas se jogar 70% do que sabe estará no nível de Cristiano Ronaldo, o melhor do mundo na posição. Jogando num time montado como o Real Madrid, o nosso estaria fazendo gols a rodo, como o português.

O último lance do atacante corintiano deixou claro que sua condição física não lhe permite mais fazer o que para ele era um brinquedo, uma diversão. Em outros tempos, Ronaldo contra um zagueiro, na intermediária do defensor daria uma fórmula. Ronaldo x marcador : gol. Nitidamente “faltou pernas”. O condicionamento atlético é outro, a velocidade não é a mesma, a resistência idem.

Mesmo com a idade que tem, poderia estar “voando”, mas o peso não deixa. As condições de atleta estão longe de suas melhores formas. É visível o esforço que faz para se deslocar com a sobrecarga que carrega. A força de aceleração – arrancada – que era excelente, mas nunca foi seu forte, está mais prejudicada. A resistência de velocidade, segunda etapa da corrida, também foi comprometida. Nesse estágio ele deixava quantos viessem para trás.

Dessa forma, um jogador excepcional, tecnicamente, fica muito prejudicado em seu rendimento. O drible fica mais difícil. Sem condicionamento atlético a técnica perde  qualidade. Craques assim vivem de lampejos. Foi assim que vimos o ainda fenômeno. Ralf entrou sozinho, num passe do Ronaldo e Marcelo Lomba defendeu.

No tape do lance, com as peças trocadas, Bruno Cesar viu Ronaldo sozinho, dentro da área, perto da marca do pênalti. Dali o craque não perde, mesmo fora de forma ele é mortal.  Assim Ronaldo fez o gol do Corinthians e deixou muito coração rubro-negro apertado. Mais um passe de calcanhar, outras poucas jogadas geniais foram suficientes para mostrar que o Fenômeno está de volta. Que bom ver esse cara jogando bola. Um noite mágica. Para quem gosta de futebol e aprecia o craque

One thought on “O FENÔMENO RONALDO

  1. Bom dia Dr Iata!! (por favor, não repare no meu apelido. Eu o uso no meu blog e alguns me conhecem assim. Lá embaixo assino meu comentário,ok?)

    Mas rapaz… Assim que o Mãos-de-Quiabo entregou a bola ontem nos pés do Jurássico Magno Alves – sim, eu sei que o amigo está em dúvida se foi no primeiro ou no segundo gol, afinal ele entregou as duas bolas), mas assim que, no segundo gol do Cará, nosso Fenômeno (esse sim), Marcelo Lomba entregou a bola nos pés do centro-avante adversário, sua voz invediu minha mente.
    Não perco um Bola em Jogo e até já fiz menção ao programa em meu Blog. Ouço, indico, elogio para todos os lados. Por isso sinto-me tranquilo ao dizer que não entendo sua admiração por este goleirinho de meia-tijela. Você chegou a dizer um dia que Lomba é melhor goleiro que Buno… pelo amor de Deus!!
    O amigo já jogou futebol? Deve ter jogado, então me entenderá. Lomba não é prejudicial ao Flamengo apenas quando entrega bolas nos pés de atacantes adversários. Quem jogou futebol ( e seu amigo aqui jogou) sabe que uma defesa para atuar a contento precisa de tranquilidade. Umatranquilidade especial: a passada pelo goleiro. Quando a zaga não confia no goleiro, qualquer menção de chute feita pelo adversário faz com que os zagueiros se atirem de qualquer jeito para evitar o possível arremate. Chutes de dentro ou fora da área. Essa intranquilidade é pavorosa! Quando Bruno ainda era goleiro do Mengão e eu percebia que o adversário armava o chute, um pensamento involuntário me dizia “chuta” chuta””, pois eu sabia que a bola acabaria nas mãos do goleiro que imediatamente armaria um contra-ataque. Hoje fico desesperado quando da intermediária alguém ameaça chutar no gol do Mais Querido. Se eu fico desesperado em casa, imagine o Angelim.
    Gostaria que o amigo, no próximo Bola em Jogo, ou mesmo no programa de Sexta á noite fizesse um comentário a respeito do nosso Mãos-de-Quabo favorito. Ah!! Dê um pulinho lá no Blog, se você achar que algo possa merecer algum comentário… Seria uma honra.

    Abraços

    Eduardo Tenório

    p.s Quanto ao Ronaldo… Concordo com cada pingo e acento de seu texto.

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