BERNABÉU LOTADO VIU MAIS UM GRANDE CLÁSSICO

Cristiano Ronaldo e Piqué se cumprimentam após o clássico

Mais de 83.000 pagantes viram outra edição do maior clássico do futebol mundial, quando Barcelona e Real Madrid empataram em um gol, no frio estádio Santiago Bernabéu, com temperatura abaixo dos dez graus, quando a bola rolou, exatamente às 21 horas na capital espanhola. Em campo os dois gigantes do país do futebol, desfilando seus craques, entre eles Cristiano Ronaldo, Messi e Iniesta, os três melhores do mundo eleitos pela Fifa.

Valendo pela primeira semifinal da Copa do Rei, o Barcelona leva a decisão para o Camp Nou, com a pequena vantagem de ter marcado um gol fora, o que não é muito, quando os dois maiores times do mundo se enfrentam. Diferente das partidas da temporada anterior, o jogo foi disputado sob tensão – como é natural – mas lealmente. Se alguma coisa ficou comprovada é que não há vantagem para quem joga em casa nem a mínima possibilidade de não ser um jogo maravilhoso e apaixonante.

O Barcelona, com seu fabuloso trio Xavi/Iniesta/Messi tentou algumas vezes manter a posse de bola, fazer o tictaca, subjugar seu adversário, como tem feito em qualquer campo do mundo. Iniesta esteve brilhante como sempre, Xavi mais discreto e Messi abaixo do que tem apresentado na temporada. Não encontrou muito espaço para jogar e acabou rendendo menos que o normal. Pode jogar abaixo do que sabe, mas nunca será ruim. Esteve sempre muito bem marcado e encontrou dificuldade para se mexer como de costume. Uma noite de menos brilho do maior jogador do planeta.

Torcedoras civilizadas dividem o mesmo espaço sem problemas

O Real Madrid mesmo com os desfalques de Iker Casillas, que faz falta como goleiro e mais ainda na condição de líder do grupo, foi bem substituído pelo estreante Diego López, que fez um bom jogo, impedindo dois gols no segundo tempo, quando o placar estava 1 -1. Sente falta da zaga titular Pepe e Sergio Ramos e de um lateral esquerdo, no lugar do esforçado Arbeloa, deslocado para aquele setor. Sem a zaga titular, não há por que se queixar do resultado o torcedor merengue.

Cristiano Ronaldo, outra atração do grande clássico, tentou tabelar, puxar contra-ataques mas esbarrou sempre na boa marcação dos culés e na noite sem inspiração de Benzema, que tem alternado grandes e apagadas partidas. Higuaín entrou em seu lugar e não fez uma jogada sequer, sobrecarregando ainda mais o artilheiro branco. Callejón começou jogando na posição de Di Maria mas não tem a mesma eficiência no ataque que o argentino, embora um grande jogador, escalado mais para dar proteção ao lado esquerdo, onde Mourinho não contou com Marcelo, barrado, nem Coentrão, suspenso e precisava dar suporte ao deslocado e limitado Arbeloa.

Torcedoras do Barcelona assistem ao jogo despreocupadas

Não foi, na verdade, o maior Real Madrid x Barcelona dos últimos dez anos, mas um jogo emocionante, repleto de craques que, relembrando os desfalques, entre outros David Villa e Valdez, não tira a emoção desse clássico maravilhoso, o maior do planeta. É um duelo demasiadamente fabuloso e intenso para depender apenas dos três maiores jogadores do mundo. Eles voltarão e o clássico seguirá sendo o mesmo.

Para o Real Madrid ficou a sensação de um bom resultado, que lhe dá chances de conquistar a Copa do Rei em Barcelona. Mais que isso deixou em todos a sensação de estar vendo a afirmação de um garoto de apenas 19 anos que começa da ganhar seu espaço na Espanha e poderá ser uma das atrações da França no mundial do Brasil. Raphael Varane jogou como um gigante. Salvou gols, foi ao ataque e empatou o jogo, de cabeça, num cruzamento de Özil pela direita. Fechando o clássico, excelente atuação do árbitro Clós Gómez, do comitê aragonês.

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