ÁRBITRO AJUDA BAYERN A GOLEAR BARCELONA

Bayern deu um grande passo para chegar a final da Liga do Campeões

É preciso dizer que o Bayern de Munique fez uma grande partida, tática e tecnicamente, e deu grande passo para disputar a Liga dos Campeões, contra o vencedor de Borussia x Real Madrid, no grande confronto entre espanhóis e alemães, que dominam o futebol na Europa e no mundo. São quatro dos cinco melhores times do mundo, sobrando uma vaga para ser jogada para o alto. Mas ainda terá que vencer o melhor time do planeta, no Camp Nou.

É preciso dizer, também, que dos quatro gols, três foram feitos em jogadas irregulares. Não gritantes, mas ilegais. No primeiro gol houve falta de Dante em Diego Alves, impedindo que o lateral direito brasileiro pudesse subir para disputar a bola na cabeça. Foi seguro pelo também brasileiro que cabeceou para Muller abrir o placar. No segundo gol Mario Gómez estava impedido e no terceiro houve falta de Müller em Jordi Alba, que Robben marcou com categoria. O húngaro Kassai errou em dois lances, o outro era do assistente.

Ora, 3×0 na casa do adversário, nessas condições, nem o Barcelona teria forças e talento para remontar. O quarto gol, de Muller, foi correto mas a partida já estava decidida. Então foi um jogo roubado, vitória com a ajuda da arbitragem ? Não, foram erros, que, de forma alguma podem ser atribuídos a um árbitro desonesto, parcial, “caseiro”. Foram circunstancias do jogo que levaram o Barcelona a ser goleado, o que não é normal. Eu não apostaria, ainda, na classificação do Bayern, embora esteja muito perto disso.

No primeiro gol Dante faz falta em Daniel Alves (2). No segundo gol Mário Gómez está impedido (4). Os dois pênaltis reclamados pelos alemães foram bola na mão (1 e 3).

Acima de tudo foi um lindo espetáculo, que assisti em HD pela ESPN, como se estivesse na Arena alemã. Lotada, bonita, um espetáculo maravilhoso, que jamais veremos por aqui. Vendo pela TV nota 10 em organização. A partir da entrada dos times em campo, hino da Champions, cumprimentos, sorteio e saída de bola foram apenas 3’28”70. Coisas que deveríamos ter aprendido há muito tempo. “Cultura”, dirão alguns politicamente corretos. Ta bom, não precisamos mudar.

Taticamente o Bayern fez uma partida primorosa, correta. Marcou, saiu pra jogar e não deixou o Barcelona fazer o que está acostumado. Os alemães diminuíram os espaços do campo e sufocaram os espanhóis. Messi esteve em campo mas não jogou. Impossível dizer que porcentual, mas, com certeza estava abaixo de 60% de condições físicas. É um mistério sua contusão. Fez número, atuou no sacrifício porém não jogou. Lembrei-me de Zico em 1986, quando foi posto às feras, sem condições, na copa do México.

Ruim para o jogo, que esses lances aconteceram. Foi um show inesquecível, até pelo inusitado do placar. Vi ainda dois lances de bola na mão dentro da área espanhola, também não marcados, mas aí fiquei com o Kassai, achei que foram casuais, “bola na mão”, que não caracteriza falta. Reforça o que eu disse antes, o árbitro húngaro errou demais em lances cruciais, quando deveria punir os faltosos. Aparentemente, para quem está apenas torcendo, fará uma avaliação, racionalmente a coisa muda.

Importante não atribuir a Kassai nem a vitória, construída com uma exibição soberba dos alemães, nem a goleada, que deve, sim, ser depositada na escalação de Messi, nas condições em que ele se encontra. Caminhando em campo, sem forças para suas arrancadas em diagonal pela direita, pouco participativo, apático. Um terço do maior jogador do mundo no Allianz Arena de Munique. Uma pena para o jogo. O grande espetáculo teria sido melhor com ele sem problemas físicos. Vamos aguardar o jogo de volta, no Camp Nou.

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